Por: Mons. Rubião Lins Peixoto
A Sagrada Liturgia celebra o anúncio do ANJO A MARIA, no dia 25 de março. A potência criadora, o Espírito Santo, é sempre o agente causador das maravilhas de Deus na santificação e renovação da humanidade. A Virgem Maria encontra-se na plenitude dos tempos, como afirmou São Paulo aos Gálatas (4,4). A nuvem que outrora cobriu o Tabernáculo (Ex. 40,35) cobriu também Maria com sua sombra para transformá-la em sua morada e espaço sagrado do Deus vivo (Lc. 1,35)
Javé e a humanidade se encontraram com a contribuição feminina de Maria de Nazaré. Cristo foi concebido do Espírito Santo no seio de Maria Virgem, assim proclama o Credo. O Espírito antecipa para Maria o Pentecostes da Igreja como um todo. Os rabinos e judeus estavam convencidos que depois dos profetas o Espírito Santo falaria pelo Filho de Deus, vindo da mulher. O Espírito Santo repousaria na Mulher (Is. 11). Maria se converte na transparência pessoal do Espírito. Foi dito que ao contemplar a Virgem, contemplemo-la na “via da beleza”. Com Maria termina o dom da profecia e o tempo da irrupção do Espírito, comunicando a salvação que chega. O Espírito nela já tinha agido na sua concepção imaculada. Cristo quis ser concebido segundo a carne de forma virginal, gerado pela ação do Espírito Santo no seio da Virgem (Mt. 1,20). O mesmo Espírito produziu duplo efeito maravilhoso em Maria. O primeiro efeito de forma virginal, o segundo é o consentimento formulado ao anjo por Maria (Lc. 1,38): “Faça-se “. Foi a fé pronunciada e experimentada na vida. Isabel diz-lhe: “Feliz tu que acreditaste” (Lc. 4,5). Em Maria Deus transparece pessoalmente.
O escritor Lyonait disse: “O Espírito agiu sobre Maria para geração humana de Cristo Salvador. Nela aconteceu o pré –pentecostes da Igreja. A presença de Nossa Senhora na cruz e no cenáculo confirma sua maternidade eclesial.