Pelo segundo Ano consecutivo, devido à pandemia do novo coronavírus, não aconteceu a tradicional Procissão de Ramos.
*Por Marcos Filipe Sousa | Pascom Arquidiocesana
Neste domingo (28), iniciou em toda a Igreja Católica a Semana Santa com a memória da entrada de Jesus em Jerusalém, o “Domingo de Ramos”. Na Catedral Metropolitana de Maceió, a missa foi presidida no período de manhã por Dom Genival Saraiva, vigário-geral da Arquidiocese.
A primeria parte da celebração contou com a recordação da entrada de Jesus em Jerusalém na porta da Catedral. Obececendo os devidos protocolos sanitários, o presidente e os concelebrantes, Mons. Delfino Neto, Cônego Severino Fernando e Pe. Augusto Jorge, realizaram uma pequena procisão da porta de entrada da Igreja Mãe até o altar, onde a missa continou com a segunda parte, as leituras e narração da paixão de nosso Senhor Jesus Cristo.
O vigário-geral inicou a homilia, afirmando que viver a Semana Santa todos os anos para o povo de Deus é uma graça. “Seguindo o ritual litúrgico estamos iniciando, como sempre ocorre, com essa liturgia do Domingo de Ramos, onde os cristãos vivem sua fé de uma forma contextualizada, na realidade de nossas vidas”.
E continuou: “Todos nós que estamos aqui na Catedral, já vivemos diversas celebrações de Ramos, mas nenhuma como essa, a face do tempo é essa que vivemos e experimentamos, nem mesmo como no ano passado, quando as portas estavam fechadas. O quatro está pior que o ano passado, como as estatísticas mostram. Passamos das 300 mil mortes. Esperamos que com a graça de Deus que essa quadro não se repita”.
Depois, voltando-se para o Evangelho expôs que todos nós nos identificamos com muitos personagens que foram proclamados no Evangelho de São Marcos. “Somos pessoas que se comportam como aquelas que acolhem Jesus, depois como as que traem, como grupos que induzidos por motivações que não tem sustentação, e muitas vezes essa mudança de comportamento geral um mal maior, ou como autoridades com poder e competência de promover o bem coletivo, ou nos comportamtos como aquelas que fazem atos contraditórios, sem a clareza nas posições”.
Dom Genival disse que essas mesmas situações vivenciadas por Jesus, são fotografadas ainda hoje no mundo, na história das comunidades, nas pessoas. “Precisamos começar a Semana Santa com esse olhar de Deus, sempre realista, e com esperança. E que palavra apropriada do profeita Isaías. O Messias seria discípulo de Deus, e também se volta para nós: O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida. Olhem esse ensinamento para o tempo de pandemia que vivemos”.
“Como não nos questionarmos diante de comportamentos coletivos como aqueles que condenaram Jesus: crucifica-o, crucifica-o. Porque há muitas pessoas levando a cruz da pandemia. E da mesma forma que as pessoas com atos irresponsáveis levaram Jesus à morte injustamente, também há hoje os que levam seus semalhantes à morte pela falta de insensibilidade e empatia”, completou.
“Temos pessoas abatidas, conflitos familiares, o desemprego. E profeta Isaías já conhecia tudo isso. Eu, vc, nós, como discipulos, temos nesta Semana Santa que chegar a essas pessoas abatidas. A linguagem do coração não conhece distância, um telefone, a oração, devemos chegar a elas. Conforte-as”, pediu.
“O dia de hoje prepara a ressurreição. Um olhar para Jesus que sofre, morto, mas que ressuscita. Então, que possamos viver esse tempo com o olhar da ressurreição”, concluiu.
A celebração foi transmitida pela Rádio Imaculada 92,3 FM e pelas mídias sociais da Arquidiocese e da Catedral.
Na parte da tarde foi celebrada a segunda missa do dia.