Thiago Aquino / Pascom Arquidiocesana
A pandemia causou nas pessoas o desejo de realizar momentos que antes aconteciam ordinariamente. Visitar amigos e recebe-los em casa, por exemplo, era algo tão comum. Para mais de 25 mil famílias da Arquidiocese de Maceió o gesto era ainda mais especial: a chegada da Imagem da Mãe Rainha, um símbolo da visita da Mãe de Deus no lar, para momentos de oração. O isolamento social suspendeu a atividade da Campanha da Mãe Peregrina, movimento que por aqui celebra 35 anos de missão com encontros virtuais.
São 25.740 famílias espalhadas por 62 paróquias no território arquidiocesano que rezavam em casa com a chegada da Capela da Mãe Rainha. Um missionário é responsável por ser guardião da imagem que visita 30 famílias, que preparam um altar com flores, faz a oração da chegada, reza o Terço e o encerramento é feito com a oração de despedida para que a Mãe Rainha siga para a casa seguinte.
Desde março de 2020, a programação mudou. O movimento foi orientado a suspender as visitas como forma de prevenir o contágio ao novo coronavírus. As famílias começaram a receber espiritualmente e fazer as orações em família. Além disso, a coordenação arquidiocesana articulou lives oracionais com a Liga de Mães e Terço dos Homens, outros dois ramos do Movimento Apostólico de Schoenstatt presentes na Arquidiocese, como também o curso para instituir o Santuário Lar e a formação da Escola de Coordenadores.
Os grupos nas paróquias também assumem a Missa da Renovação da Aliança e outras iniciativas que surgem na paróquia e Arquidiocese. O movimento reza o Terço no Santuário Virgem dos Pobres, participa das lives promovidas por Dom Antônio Muniz e fica à disposição das necessidades da Arquidiocese com suas Obras Sociais, a exemplo da Casa Betânia.
Aos chegar aos 35 anos de peregrinação missionária, a coordenadora arquidiocesana, Gilvanilda Bulhões, se orgulha em fazer parte do movimento. “São muitas histórias, graças e testemunhos, é muito bom dizer que faço parte dessa história, pois é uma alegria falar de Nossa Senhora, selar a aliança de amor com Maria é trocar o nosso coração pelo coração da nossa Mãe de Deus. Quando a Mãe nos visita, ela não chega sozinha, ela vem com o Menino Jesus nos braços, ela nos traz o centro da nossa fé, que é Nosso Senhor”, afirma.
A Campanha Mãe Rainha é um da Obra Internacional de Schoenstatt, fundada pelo padre José Kentenich no dia 18 de outubro de 1914, em Schoenstatt, na Alemanha. O sacerdote propôs aos seminaristas uma Aliança de Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt, pedindo que ela transformasse a capelinha em Santuário, para que assim cada um vivesse com fidelidade o compromisso batismal e a vocação a santidade.
No dia 10 de setembro de 1950 em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi fundada a Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt pelo diácono João Luiz Pozzobon com o objetivo de evangelizar as famílias e colaborar na missão do Movimento de Schoenstatt. A espiritualidade hoje se encontra nos cinco continentes.
Em Alagoas e, consequentemente, na Arquidiocese de Maceió, o movimento chegou no dia 16 de maio de 1986. O primeiro grupo foi fundado na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no bairro da Gruta, em Maceió, por Maria José Oliveira. A primeira coordenadora arquidiocesana foi Maria da Paz. Para celebrar os 35 anos, foi promovida a Novena do Incansável Peregrino no canal Mãe Rainha Maceió no Youtube. A grande celebração acontece nesse domingo (16) com adoração ao Santíssimo transmitida do Santuário de Schoenstatt de Garanhuns também pelo Youtube.