Dom Frei Antônio Muniz Fernandes celebra solenidade de Nossa Senhora do Carmo

*Por Marcos Filipe | Pascom Arquidiocesana

Da sua residência particular para toda a Arquidiocese de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm., celebrou pelas redes sociais na tarde desta sexta-feira (17) a solenidade de Nossa Senhora do Carmo.

A missa foi assistida pelo Diácono Urilian Santana e contou com a presença de amigos próximos do metropolita e de fiéis das residências vizinhas. Todos obedecendo os devidos protocolos sanitários.

“É uma alegria celebrar hoje essa grande família de Jesus. Nos juntamos com Recife em uma grande oração”, falou.

Dom Frei Antônio, como carmelita, se voltou o Altíssimo e rogou que Ele dê força, coragem e disposição de sempre poder celebrar seus louvores, como uma verdadeira família dos irmãos e irmãs de Jesus.

“Não celebro só como carmelita, mas todos nós que estamos bem próximos e juntos a Jesus para fazer a Sua vontade. Hoje nos unimos a Recife que celebra sua Padroeira e se estende às paróquias em Maceió, Colônia Lepoldina e o Carmelo.”, enfatizou o Metropolita.

À noite, Dom Antônio Muniz rezou de sua residência, com o casal Warner e Graça e o diácono Urilian Santana o Santo Terço. Os fiéis que acompanharam pelo canal do Youtube da Arquidiocese expressavam sua alegria em rever o pastor nas mídias, pois ele está em recuperação de sua saúde devido a complicações com a diabetes.

Nossa Senhora do Carmo

O Monte Carmelo na Palestina, lugar que nos remete aos grandes feitos do Profeta Elias narrados no Antigo Testamento, foi o lugar escolhido no final do século XII por um grupo de eremitas que ali se estabeleceu para viver em obséquio de Jesus Cristo, meditando dia e noite na Lei do Senhor. Essa comunidade eremítica deu origem a uma Ordem Religiosa, os Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo. Através do testemunho de alguns peregrinos que passavam pelo local, sabemos que no meio das celas onde os irmãos viviam existia uma capela dedicada à Virgem Maria, que chamavam carinhosamente de “Senhora do Lugar”.

Foi esse amor e intimidade com Nossa Senhora que levou São Simão Stock em 1251 a suplicar a ajuda e a proteção de Maria em um momento de dificuldade. A resposta veio do céu: o Santo Escapulário, que representa o olhar amoroso e atento de uma Mãe que está sempre pronta a nos socorrer. Depois de tantos séculos, o Escapulário do Carmo continua sendo um sinal da providência divina para com aqueles que confiam e se abandonam na Vontade de Deus.

A raiz do nome “carmelo” é jardim, de fato, a Ordem Carmelita é um verdadeiro jardim, com flores dos mais diversos tipos que fizeram brotar sementes de amor e de esperança no seio da Igreja. Tantos homens e mulheres que por meio dessa espiritualidade e desse carisma deixaram um exemplo maravilhoso de como servir a Jesus Cristo. O beato Tito Brandsma, carmelita holandês morto no campo de concentração nazista em Dachau em 1942, dizia que no jardim do Carmelo a mais bela flor é a Virgem Maria. Para ele, Nossa Senhora é como um girassol, levantando-se acima de todas as outras flores, revela seu esplendor e a sua beleza. O girassol ainda carrega uma característica importante, está sempre voltado na direção do sol, como Nossa Senhora que tudo fez sem tirar os olhos do Deus que havia roubado seu coração.

Segundo as Constituições da Ordem do Carmo, os carmelitas encontram em Maria tudo aquilo que esperam e desejam ser, ela é modelo perfeito de escuta da Palavra, silêncio orante, contemplação, serviço e fraternidade.