CARTA A TODOS(AS) OS(AS) DIOCESANOS(AS) DESTA ARQUIDIOCESE
DE MACEIÓ SOBRE O SÍNODO DA SINODALIDADE
Saúdo os nossos bispos eméritos, presbíteros, diáconos, religiosos(as), membros da vida consagrada, seminaristas, leigos(as), comunidades eclesiais, agentes de pastoral, missionários(as), todos os batizados e pessoas de boa vontade.
Vamos todos fazer um percurso sinodal, um caminho conjunto de comunhão, participação e missão, um modo de ser Igreja. A Igreja sinodal é uma Igreja que se reconhece como instrumento nas mãos de Deus, que não me coloca acima do outro, mas a caminho com ele. A sinodalidade implica fazer um caminho de conversão pessoal e pastoral, de mudança. Um caminho de discernimento espiritual e eclesial. “Não é um parlamento nem uma investigação sobre opiniões nem uma conferência de estudos”, enfatiza o Santo Padre, Papa Francisco.
Fazer um Sínodo sobre a sinodalidade não significa fazê-lo sobre um tema, mas sobre a identidade mais profunda da Igreja, como comunhão e missão que se torna concreta, quando participada por todos.
Nos últimos dias 9 e 10 de outubro, no Vaticano, o nosso amado Papa Francisco abriu o processo de preparação da próxima assembleia ordinária do Sínodo dos Bispos, que vai ser realizada em outubro de 2023, com o tema: “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Essa assembleia dos bispos não será celebrada apenas no Vaticano, mas em cada Igreja Particular dos cinco Continentes, seguindo um itinerário trienal de escuta, diálogo e discernimento, no espírito do Documento Preparatório e do Vade-mécum (Manual) redigidos para a ocasião e publicados em 7 de setembro de 2021.
Neste domingo, dia 17 de outubro de 2021, às 15h, na Catedral Metropolitana Nossa Senhora dos dos Prazeres, Maceió-AL, foi realizada a Santa Missa de Abertura da Fase Arquidiocesana do Sínodo dos Bispos, presidida pelo Vigário Geral, Mons. José Augusto, pois ainda estou em fase de restabelecimento de minha saúde; e, por conseguinte, em todas as Matrizes da Arquidiocese de Maceió.
O caminho sinodal, inaugurado pelo Santo Padre no Vaticano, se desenvolverá ao longo de três anos e terá três fases. A primeira, a fase diocesana, aberta neste dia 17 de outubro de 2021, prevê a escuta do povo de Deus para a elaboração do primeiro Instrumento de Trabalho, que será publicado em setembro de 2022. A segunda, a fase continental, até março de 2023, durante a qual haverá um diálogo “continental” das Igrejas sobre o Documento de Trabalho. Deste diálogo, a Secretaria Sinodal vai elaborar um segundo Instrumento de Trabalho que será divulgado em junho de 2023. Por fim, em outubro de 2023, terá início a terceira e última fase, com a Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos no Vaticano.
Motivados e animados, a Arquidiocese de Maceió entrará no processo de uma verdadeira experiência de sinodalidade nesta Igreja Particular, aprofundando nossa pastoral-missionária sob a guia do Espírito Santo. Ouvir, “sem preconceitos”; falar, “com audácia”; dialogar com a Igreja, a sociedade e outras confissões cristãs.
A sinodalidade é uma maneira de ser e de agir da Igreja, na qual se entende que somos todos, antes de tudo, o povo que Deus Pai reúne mediante o envio do Filho ao mundo na ação do Espírito Santo. Na Igreja, todos são imensamente agraciados pelo amor misericordioso de Deus.
A Igreja, povo de Deus e comunidade de discípulos missionários de Jesus, é chamada a viver a alegria do Evangelho, em comunhão, testemunhando a vida nova que o Espírito Santo suscita na comunidade dos fiéis.
Mantenhamos nossos corações firmes na fé e na esperança!
Com minha bênção episcopal, de pai espiritual e pastor.
Maceió-AL, 17 de outubro de 2021.
Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm
Arcebispo Metropolitano de Maceió