Benedito Bentes celebra 40 anos da canonização de São Maximiliano Kolbe

Festa do padroeiro encerra no próximo dia 14

Por Marcos Filipe – Jornalista (Pascom Arquidiocesana)

Foto: Pascom São Maximiliano Kolbe

O maior bairro da capital alagoana, o Benedito Bentes, celebra a festa de seu padroeiro, São Maximiliano Kolbe. Neste ano, os fiéis celebram os 40 anos da canonização do frei polonês, mártir da II Guerra Mundial.

A programação iniciou no último dia 05 e segue até o próximo domingo, dia 14. No último dia, duas missas serão celebradas, uma das 7h com transmissão da Rádio Imaculada, e a segunda às 16h, com a presidência do arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz. Logo em seguida, a procissão luminosa pelas ruas do bairro.

“O Papa João Paulo II, durante a homilia do dia festivo, disse que de modo admirável perdurava na Igreja e no mundo o fruto da morte heróica de Maximiliano Kolbe. São com essas palavras que desejamos meditar e celebrar a festa de nosso padroeiro. Na morte humana de São Maximiliano Kolbe estava o testemunho dado ao Mestre que deve ser seguido por nós: lutar pela dignidade do homem, buscar a santidade e manifestar o amor na sua maior potência”, comentou o pároco, padre Petrúcio Ramires.

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.

Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo, por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado ‘Milícia da Imaculada’. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado através da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.

Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, e posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos:

“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”. Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: “Sou um Padre Católico”.

No dia 10 de Outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.