Arquidiocese de Maceió lança campanha: Bem-vindo Bebê! – salvamos nossas crianças cuidando das nossas famílias

Objetivo é mudar o cenário de fome que atinge mais 36% das famílias alagoanas. A Campanha irá até a Páscoa de 2023.

Por Marcos Filipe|Pascom Arquidiocesana

“Bem-vindo Bebê! – salvamos nossas crianças cuidando de nossas famílias”. Esta é a campanha lançada pela Arquidiocese de Maceió nesta semana que tem como objetivo mudar o cenário de fome que atinge atualmente mais de 35% da população alagoana e se estenderá até a Páscoa em 2023.

O Arcebispo Metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm., ilustrou a realidade vivida, não somente no Estado, mas em todo o território brasileiro.

“É a fome que assola nossas famílias, e com ele as crianças são as que mais sofrem. Estão cortando as verbas da educação, da merenda, e não podemos ficar parados diante desses fatos. Todas as Paróquias, Santuários e Conventos da Arquidiocese estarão unidos, Clero e leigos, nessa missão.”, colocou.

O metropolita informou ainda que a primeira ação é um alinhamento das ideias para que os passos concretos já sejam realizados nas Paróquias; como um mapeamento de todas as famílias e crianças, em cada realidade paroquial, que estejam em situação de vulnerabilidade e pobreza extrema . Após este trabalho, que será realizado de casa em casa pelos MECEs – Acolitos e Ancilas – Vicentinos – Pastoral da Criança – Pastoral da Pessoa Idosa e demais grupos, as pessoas ou movimentos poderão adotar uma criança ou uma família para ajudar na alimentação ou cuidados na mesma. “Todos são convidados a unir forças para mudarmos a realidade dolorosa dessas crianças e de suas famílias”.

A campanha deverá seguir até o ano de 2023 quando na Páscoa, uma celebração reunirá todas as comunidades. “Queremos reverter esses números, reduzindo a fome e a dificuldade do povo. A fome e o sofrimento não esperam, ajamos com urgência”!

No início deste mês, um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (PENSAM), mostrou que 36,7% das famílias alagoanas não têm alimento em suas mesas, a chamada insegurança alimentar ou fome.

Alagoas é o estado do país em que os casos de insegurança alimentar grave são mais frequentes, segundo a pesquisa. Considerando os três níveis: mais de 2,6 milhões de alagoanos possuem algum tipo insegurança alimentar.