Procissão da Padroeira leva centenas de devotos às ruas do bairro da Levada

Por Cristina Lima| Pascom Arquidiocesana

(Fotos: Carlos Roberto | Pascom Arquidiocesana)

Aconteceu, no dia 08, Solenidade de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, o encerramento do novenário da 155ª Festa de Nossa Senhora das Graças, no bairro da Levada, em Maceió, atraindo centenas de fiéis diariamente à Igreja, devotos e devotas da Mãe das Graças, pra a reflexão do tema “Com Maria, caminhar juntos rumo a uma igreja sinodal”.

A festa esse ano, foi marcada, especialmente, pelo retorno da tradicional procissão pelas ruas do bairro, visto que havia sido suspensa há dois anos devido à pandemia da Covid-19. Para Padre Gilvan Neves, administrador paroquial, foi com muita alegria que celebraram mais um século e meio da festa da Virgem das Graças  com a procissão, “Depois de dois anos de provações, estamos reunidos, caminhando em procissão para dizer que o Senhor fez por mim maravilhas, como cantou a Mãe de Jesus”.

Durante o cortejo da Virgem das Graças, muitas manifestações de carinho, fé e devoção foram vistas. Em seus lares, moradores e devotos da Virgem, prepararam faixas, cartazes, altares, reuniram familiares para acolher a Mãe que ali passava.

Muito emocionados com o retorno da procissão às ruas do bairro, fieis e devotos, nos relataram a importância da intercessão da Virgem das Graças em todas  as trajetórias de suas vidas.

Para dona Nancy, paroquiana, Nossa Senhora das Graças intercedeu e continua intercedendo por ela em todo o seu caminhar da vida cristã. Foi na Igreja das Graças, que se batizou, crismou, casou, batizou os filhos, e que deseja continuar sua vida em Cristo ali, sob o olhar da Mãe das Graças.

Outro relato precioso foi o de Dona Celina, que disse: “Eu tenho diante de Nossa Senhora mil graças alcançadas e a cada dia que passa ela me dá mais graças”. Para ela, é por intermédio de Nossa Senhora, que seu Filho Jesus, vai concedendo as graças em sua vida, desde o seu batismo e consagração a Mãe das Graças na igreja matriz, sob o risco de vida, aos seus momentos de alegrias e de provações, como ocorrido em 2015 e 2017. Esses foram grandes períodos de provações em sua vida, havia recebido o diagnóstico de câncer, mas isso não permitiu que ela abalasse a sua fé, sua confiança na Virgem e em seu Filho, desafiou até a ciência dos homens, os tratamentos prescritos e o diagnóstico de cura ocorreram antes do tempo previsto para terminar, nas duas ocasiões.

Sua confiança “Eu não estou com a doença, ela simplesmente está de passagem aqui, e eu si que ela vai embora”, e a cada tratamento, medicamento que recebia dizia confiante “ Senhor, que o medicamento que está sendo colocado em mim é a Água e o Sangue que jorrou do Seu Coração, portanto, eu confio em Vós e nada temerei”. E mesmo apesar, de sentir que já não é mais a mesma, pois está com 71 anos de idade garante: “Vou até o meu limite, o que ela permite que eu vá, não sou a mesma pessoa, mas sou a mesma para ela. Por ela eu faço tudo, tudo o que vocês imaginarem que é possível ser feito, e eu garanto que se vocês tiverem confiança nessa Mãe que está aqui, não é só a imagem, é a Mãe, vocês passam por cima de qualquer coisa”.

Ao término da procissão, os devotos da Mãe das Graças foram convidados a participar da Missa Festiva Campal de encerramento da festa, que presidida pelo administrador paroquial, padre Gilvan Neves, e sob o auxílio pelo Diácono André.

Em sua homilia, o padre ressaltou que o grande desafio para caminhar juntos por uma Igreja sinodal, está relacionada a três palavras-chaves ditas pelo Papa, “comunhão, participação e missão”. Enfatizando que “fazer comunhão é criar espaços de comum união com os irmãos, onde a gente possa dar lugar ao outro, ouvir o outro, deixar o outro aparecer na vida da gente e na vida da Igreja”, sendo importante que seus membros sejam participativos, visto que é um espaço aberto para que todas as pessoas se sintam acolhidas e iguais, e para tanto como Filhos de Deus, batizados e batizadas, temos uma missão a cumprir neste mundo.

Assim, vejamos Maria como aquela que nos aponta o Filho de Deus, Jesus, o Senhor dos impossíveis, que creiamos e sejamos conscientes disso, e que a sua palavra é sempre presente em nossas vidas, nos apontando o caminho de “como ser uma Igreja sinodal, de serviço, amor incondicional e de entrega a Deus”. Que “portanto, é nessas três palavras que a gente quer acertar a nossa caminhada e é isso que Maria, a Mãe de todas graças ensina”, disse Padre Gilvan.

Por fim, ao término da celebração, o Diácono André agradeceu a comunidade, os movimentos e pastorais e todos os apoiadores da Festa de Nossa Senhora das Graças, que diariamente participaram das celebrações religiosas, das atrações culturais, das barracas, em prol às ações da Igreja.