Padre Gustavo Freitas foi ordenado no último dia 13 e presidiu sua primeira Missa na
igreja onde recebeu todos os sacramentos.
Por Amélia Sandes | Pascom Santa Terezinha do Menino Jesus – Serraria
No dia da solenidade da Ascenção do Senhor, no sábado, 20, a comunidade paroquial de São João Batista viu mais um de seus filhos elevar o Corpo e Sangue de Cristo pela primeira vez como sacerdote. Padre Gustavo Freitas é o terceiro paroquiano ordenado padre e presidiu a Santa Missa para uma igreja repleta de familiares, amigos de vida, de sacerdócio, além de muitos membros de sua comunidade.
Padre Gustavo recebeu o Espírito Santo no batismo na Paróquia de Santa Terezinha do Menino Jesus. Lá também ele recebeu a Primeira Eucaristia, foi crismado e serviu no altar como coroinha. Ele é filho do senhor Gilvandro Freitas e da senhora Célia Freitas, ministra da Eucaristia da mesma igreja.
Os pais ouviam o menino Gustavo dizer que seria padre e apoiavam a fala do filho. Gustavo servia ao Pai Eterno como coroinha de sua igreja, mas a juventude foi levando-o aos passeios e festas, o que fez os pais não darem muita credibilidade às falas do filho sobre a vida religiosa.
“Desde novinho ele demonstrou que queria ser padre, mas eu não acreditava”, lembra Célia Freitas, ministra da Eucaristia. “Quando a verdade de ser padre apareceu, me veio aquele sentimento de despedida porque eu sabia que ele iria embora, que ficaria a saudade. Agora que ele se ordenou, é só alegria! Peço a Deus que continue encaminhando-o e que Santa Terezinha o guarde e o proteja”, relata a mãe Célia Freitas.
Gilvandro Freitas é o pai do padre Gustavo. Ele confirma a fala da esposa dizendo que nunca imaginou que o filho fosse para o seminário justamente por ele gostar muito de passear.
“Graças a Deus, a emoção que nós estamos sentindo é muito grande. Quem é que não quer ter um padre na família? E nós, graças a Deus, temos. Só temos que agradecer ao meu bom Deus por tudo isso e à colaboração da comunidade que é uma coisa mais maravilhosa!”, destacou o senhor Gilvandro.
O padre Gustavo afirma que a confirmação do sacerdócio veio aos 17 anos, ouvindo as pregações do Monsenhor José Augusto, pároco de Santa Terezinha do Menino Jesus, que ele encontrou suas respostas.
“Eu ouvia como ele celebrava e dizia que queria celebrar e fazer igual a ele. Isto foi me estimulando meu coração, fazendo arder meu coração até que eu decidi ser padre. Desde criança, eu achava bonito o modo como o padre se entrega a serviço de uma comunidade, mesmo sendo um caminho árduo. Sempre tive o desejo no coração de ser um bom padre” recorda.
Para o novo sacerdote, a mudança de vida não foi repentina. Foi um processo de adaptação até chegar à certeza da escolha. Decidido, o jovem Gustavo ouviu o chamado e partiu para o seminário.
“Foram 10 longos anos onde eu tive que apurar e depurar muita coisa em mim até chegar ao dia de hoje. Estou muito certo de minha escolha. Se mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria para o Serviço do Reino de Deus”, afirma.
Foi ordenado um padre com o carisma vocacional direcionado às crianças e jovens, aos surdos, abandonados e necessitados de carinho e proteção.
O monsenhor José Augusto recorda os dias em que o seminarista tinha de férias e os preenchia com visitas à paróquia e à pessoas da comunidade.
“Padre Gustavo nunca se desligou de Santa Terezinha. Ele dizia que queria se ordenar aqui, mas não deu. Então, ele quis celebrar a primeira Missa aqui e assim foi feito. A gente agradece de coração e louva a Deus por este momento tão singular, por estes presentes que Ele está dando à nossa comunidade. Que a gente possa ter mais e mais vocacionais para a vida sacerdotal, religiosa e para a vida dos batizados, dos serviços e ministérios da igreja. Que sejam santos ministérios e vocações”, abençoou o monsenhor.
A emoção tomou conta da igreja ao ouvir o depoimento de agradecimento do novo padre a seu pároco.
“Quando eu era mais novo, era coroinha, estava sentado escutando o padre José Augusto que dizia assim: ‘Uma paróquia é verdadeiramente madura quando ela consegue dar frutos’. E nós somos três frutos: padre Klédson, padre Paulo e agora, eu. Vou fazer só um pequeno acréscimo na sua frase (fala dirigindo-se ao monsenhor José Augusto): Uma paróquia só é verdadeiramente madura quando consegue dar frutos. Mas quando ela tem um pastor como o senhor, nos inspira cada dia a sermos pastores. Primeiro como o Bom Pastor que é Jesus; depois, tendo este exemplo do senhor que há 50 anos deu sua vida por suas ovelhas. Muito obrigado por seu sacerdócio que inspira o meu sacerdócio”, finalizou o padre Gustavo, filho paroquiano de Santa Terezinha do Menino Jesus.