A Comissão de Campanhas promoveu uma manhã formativa que contou com a presença
e palestra do Prof. Dr. Anderson de Alencar Menezes.
Por Marcos Filipe Sousa | Pascom Arquidiocesana
A Catedral de Nossa Senhora dos Prazeres, em Maceió, foi palco no último sábado (17) do lançamento da Campanha da Fraternidade 2024, com uma manhã formativa, que tem como tema “Fraternidade e Amizade Social” e o lema “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8).
Em sua homilia, Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm., arcebispo metropolitano de Maceió, destacou a importância da ação contínua de “colorir” o mundo com a fraternidade, em referência ao verbo escolhido para a campanha.
“O mundo é colorido, cheio de cores diversas, não classificadas. Elas são dadas ao homem para que ele possa fazer uma paisagem de um futuro fraterno”, disse Dom Antônio. “Precisamos contemplar que somos um pincel nas mãos do Criador”.
Como parte da campanha, a Arquidiocese de Maceió promoverá o Dia da Amizade no Santuário da Virgem dos Pobres, no bairro da Mangabeiras nas últimas quartas-feiras do mês. O objetivo é acolher diversos seguimentos da sociedade, como idosos, pessoas com deficiência, pessoas com espectro autista, por exemplo.
“Vamos experimentar o acolhimento, recebendo todos aqueles que fazem parte desse colorido que é o mundo”, afirmou.
Manhã de Formação e reflexão
“Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,08)
Após a Santa Missa, a Comissão de Campanhas da Arquidiocese, coordenada por Côn. Elison Silva, promoveu uma manhã formativa com reflexões sobre o tema desta CF: Fraternidade e Amizade Social. O Prof. Dr. Anderson de Alencar Menezes, coordenador de Direitos Humanos e Segurança Pública da UFAL, palestrou sobre o tema salientando a necessidade da escuta, ouvir o outro e cuidar do outro.
Mudança de vida e diálogo
Dom Beto Breis, OFM, Arcebispo Coadjutor de Maceió, participou de toda a manhã formativa e destacou que a Campanha da Fraternidade é um apelo concreto de conversão durante a Quaresma.
“O tema deste ano parte do princípio que o outro é diferente, mas é meu irmão. Assim, construímos uma sociedade fraternal de unidade, comunhão, diálogo, escuta e responsabilidade pela vida”, disse Dom Beto.
“A dor do outro também dói em mim. Não devo olhá-lo através de rótulos ou ideias pre concebidas, mas de fato como filho do mesmo Pai e salvo na mesma paixão e morte de Jesus”, completou o arcebispo.
Formação e engajamento
Cônego Elison Silva, coordenador da Comissão de Campanhas da Arquidiocese, destacou a importância da formação das lideranças para o trabalho pastoral durante a Campanha.
“Começamos com a celebração da Santa Missa, com este momento visível de comunhão, e depois a formação, preparando nossas lideranças para o trabalho pastoral, dando o instrumental teórico e depois as sugestões de como viver este tema em suas comunidades”, explicou.
O diácono José Robson Soares, Comissão de Campanhas, destacou a importância da reflexão sobre as diferenças e da capacidade de transformá-las em algo que nos une. “A Campanha da Fraternidade é um espaço rico para potencializar a dimensão da caridade nesse tempo quaresmal, e possamos ser pessoas mais acolhedoras”.
O diácono André Soares, Comissão de Campanhas, reforçou a necessidade de vivermos como irmãos e irmãs, em um mundo cheio de conflitos. “Não é com violência, guerra que resolveremos tudo isso que oprime e mata”, disse o diácono André. “Resolveremos com a paz e o diálogo, em um mundo cheio de conflitos, que começa em casa, segue na sociedade e ganha proporções universais”.
Tema oportuno
Para a catequista Adêmia Batista, o tema da Campanha é propício para os tempos atuais, marcados pela polarização e extremismos.
“Uma bipolaridade e extremismos fazem parte do mundo e que deixam o diálogo e a fraternidade de lado”, colocou e completou: “As pessoas esqueceram que somos irmãos, filhos de um mesmo criador”.