“Sem Eucaristia, não há Igreja”, afirma Dom Beto Breis durante Missa de Corpus Christi

Thiago Aquino / Pascom Arquidiocesana

Fiéis de várias paróquias e movimentos participaram de celebração

O arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Beto Breis, OFM, presidiu a Missa Solene de Corpus Christi na manhã desta quinta-feira (30) na Catedral Nossa Senhora dos Prazeres, no Centro. “Eucaristia gera vida, comunhão, unidade e solidariedade”, afirmou o arcebispo durante a homilia. 

Com a presença de fiéis de várias paróquias e movimentos, a Missa abriu a programação de Corpus Cristi na Catedral, no Centro de Maceió. A celebração foi concelebrada pelo reitor e pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, padre Elison Silva, e pelos demais padres presentes. 

Dom Beto expressou a beleza da existência da Eucaristia. “A Eucaristia não é símbolo, mas é presença real, o mais sublime sacramento, porque nos cura, nutre e sustenta. A Igreja vive da Eucaristia, a Igreja faz e celebra a Eucaristia, mas ao mesmo tempo é a Eucaristia quem faz a Igreja, pois é ela a fonte de comunhão, vida e missão. Sem Eucaristia, não há Igreja”, disse durante a homilia. 

O arcebispo enfatizou a entrega total de Cristo: “Na leitura do texto aos Hebreus, podemos perceber que na Eucaristia Jesus não nos dá alguma coisa, porque Ele é o sumo sacerdote, diferente daqueles da antiga aliança que ofereciam animais em sacrifícios. O sacerdócio de Jesus é qualitativamente novo: Ele se oferece, dá o seu Corpo, derrama seu Sangue, é vida entregue”. 

As reflexões de Dom Beto, tendo como base o Evangelho de São Marcos (14,12-16.22-26), também citaram São Tomás de Aquino, São Cirilo de Jerusalém e São Francisco de Assis, que deixaram referências sobre a Eucaristia. “Celebrar a Eucaristia é como uma soma: o nosso corpo no Corpo do Senhor, e assim nos faz entre nós um só corpo, que é a Igreja, o sentimento então é de unidade. São Francisco de Assis dizia que sem Ele todo esforço na Igreja é em vão. Então o ponto de partida é a Eucaristia, Jesus não é detalhe, se Ele não for o centro estamos perdendo tempo”, alertou o arcebispo.

A Irmã Vera, missionária da Fraternidade Cristã, comentou o que a Eucaristia representa na sua vida. “É a confirmação viva do Corpo de Cristo e a certeza de que dele nós comungamos em cada Missa”, falou. 

Já Jailson Júnior, membro do movimento Segue-me na Paróquia Santa Terezinha do Menino Jesus, no bairro da Serraria, participou da Missa e logo após estará na confecção dos tapetes para a procissão à tarde. “Estou aqui porque é a Eucaristia que nos move, quero vivenciar a nossa fé e comunhão em Cristo. A nossa alma precisa da Eucaristia”, relatou o jovem. 

Oração e Irmandade do Santíssimo Sacramento

 Ao final da Missa, Dom Beto Breis chamou atenção para a oração constante, principalmente em família. “Nas refeições rezemos ‘Bendito e louvado seja o Santíssimo Sacramento: lá do Céu nos dê a glória e cá na terra o alimento’. As famílias já não sentam para as refeições e sabemos que comer junto já é sinal do banquete da Eucaristia”, orientou. 

O arcebispo apontou também para o teto da Catedral, onde está a pintura do Santíssimo Sacramento, e lembrou que a arte recorda a responsabilidade que a Irmandade do Santíssimo Sacramento teve e tem na Catedral. O grupo completará 200 anos em março de 2025, informou Dom Beto. 

Programação

Após a Missa foi iniciada a adoração ao Santíssimo Sacramento, que se estenderá até às 16h. Ao meio-dia, padre Elison Silva presidiu Missa na Igreja do Rosário, que é o Santuário Eucarístico  da Arquidiocese de Maceió. A partir das 16h a procissão seguirá pelas ruas do centro e a programação será encerrada com a Missa Campal na Praça Dom Pedro II, em frente à Assembleia Legislativa.