Marcos Filipe – Pascom Arquidiocesana
O Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Assunção, Seminário Propedêutico São João XXIII, Vida Religiosa e Consagrada, Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Serviço de Animação Vocacional (SAV) e Colégios Católicos se reuniram na noite desta segunda-feira (26) para celebrar a Festa de Nossa Senhora dos Prazeres 2024.
A missa foi presidida pele arcebispo emérito da Arquidiocese de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, Ocarm., que em sua homilia recordou a vida da Virgem Maria.
“Nesta última noite antes da festa, considero dois pontos importantes da vida dela, um de dor e outro de alegria. Nos evangelhos de Lucas e Mateus , eles reservam nos capítulos primeiro e segundo de cada um, os momentos de alegria, Nossa Senhora dos Prazeres. E a partir do terceiro, começa um grande momento de sombra na vida de Maria, do silêncio de Deus, o grande silêncio”, iniciou.
Através de uma catequese bíblica, o arcebispo trouxe na homilia, os evangelhos da infância de Jesus, trazem momento de alegria. “A primeira é de ser surpreendida por um anúncio, o anjo que vai dizer ‘Ave Cheia de Graça’. Ele utiliza um palavra que Maria entende. Ao escutar essa expressão, sem dúvida, sem coração exultou de alegria. A segunda alegria também vem desse encontro, quando o anjo diz ‘levante-se e vai para casa a Isabel, tua parente’. Chegando lá, ela vai prestar um serviço e lá recebe outra expressão bonita: a mãe do meu Senhor vem me visitar? O mistério de Deus começa a se revelar”.
E continuou: “A quarta alegria é quando Maria canta o Magnificat, com tantas palavras bonitas sobre o Senhor. Já a quinta alegria é quando José a toma como esposa e a visão do anjo que diz a ele tudo o que Deus está realizando: não tenha medo, toma Maria como tua esposa. Depois Maria vai sentir uma dor diferente que se torna alegria, quando vai a Belém e não encontram lugar para ficar, ela encontra a alegria com a solidariedade com os pobres excluídos. Na gruta de Belém, os anjos surgem: glória a Deus nas alturas. Existe alegria maior em ver a glória do Senhor se manifestar em sua frente? E a sétima é a visita dos pastores, que viviam afastados. Ela fica admirada e alegre das coisas que ela ouve da boca dos pobres, dos trabalhadores, dos humildes. Naquele mesmo momento, os reis magos chegam e oferecem os presentes: ouro, incenso e mirra”.
“Na décima alegria, o Filho de Maria, de Deus, adotivo de José, vai para o Egito. Ali ela é chamada: do Egito eu chamei o meu filho. A décima primeira é quando volta para sua pátria, sua casa. José Américo de Almeida, um escritor paraibano disse: Ninguém se perde no caminho de volta para casa. Ela sente que seu Filho voltará para o lugar onde tudo começou, será um galileu. Lá tem um encontro bonito quando reencontra Jesus aos doze anos. Como é bom quando a gente se encontra com Deus, sendo a décima segunda alegria”, pontuou.
No fim, ele rogou a Deus para todos possam celebrar essas alegrias de Maria. “Que possamos enxergar com ela as nossas dores, mas dos próximos também, para sabermos viver os momentos de silêncio”.