Seminário na Arquidiocese de Maceió reflete a busca pela autossustentação das comunidades terapêuticas

O encontro, que contou com a participação de diversas lideranças religiosas e representantes das comunidades  terapêuticas  de todo o Estado, teve Kater Filho como palestrante.

Por Marcos Filipe Sousa | Jornalista

(Kater Filho em sua palestra com estratégias para a sustentabilidade das Comunidades Terapêuticas – Fotos: Manuela Ponciano/Pascom Arquidiocesana)

As comunidades terapêuticas de Alagoas, reunidas pela FRATERCOM e RECRIAR, participaram, nos dias 14 e 15 de novembro, do Seminário “Gestão e Compromisso com o Reino”. O evento, realizado na Casa Maria Auxiliadora, em Maceió, teve como objetivo principal discutir e planejar a autossustentação das instituições, buscando alternativas para garantir a continuidade dos serviços prestados.

O encontro contou com a participação de diversas lideranças religiosas e representantes das comunidades terapêuticas de todo o Estado. Entre os palestrantes, destacou-se Kater Filho, Mestre em Comunicação Social e especialista em Marketing Católico. Em sua apresentação, Kater abordou temas como o “poder do entusiasmo” e a importância de desenvolver estratégias eficazes para captar recursos.

“É uma atividade que auxilia a maioria das instituições, é atender necessidades, nesta caso dos fiéis, quais as necessidades deles? A gente não oferece. Como horário das missas, confissões, quais os grupos. No ano 2000, a igreja tem que encantar as pessoas, apresentando a Salvação, como podemos trazer as pessoas, em um mundo materializado”, afirmou Kater Filho.

O palestrante também ressaltou a importância do testemunho das comunidades terapêuticas na busca por recursos. “As comunidades terapêuticas precisam dar o testemunho, fazem um serviço que muitos não tem vocação. Se ela mostra para mim que faz bem esse serviço, eu estou disposto a ajudar. Antes verbas federais ajudavam, hoje não mais, então precisam se organizar para arrecadar fundos da comunidade ao redor”, explicou.

Os participantes do seminário destacaram a relevância do evento para a busca de soluções para os desafios enfrentados pelas comunidades terapêuticas. Irmã Roseli, da Casa Betânia, afirmou que o encontro foi “muito bom, de enriquecimento humano e espiritual, colhendo informações e troca de ideias”.

Diácono Admar, da comunidade Kerigma, de Craíbas-AL, também se mostrou satisfeito com o evento. “Esse encontro nos proporcionou uma oportunidade de reflexão sobre nossos objetivos e de buscar novas estratégias para melhorar nosso trabalho de acolhimento”, disse.

José Everaldo, da comunidade Jesus te ama, de Anadia, compartilhou a dificuldade de manter a comunidade ao longo dos anos e a esperança de encontrar soluções após o seminário. “Saio daqui cheio de esperança e com novas ideias para fortalecer nosso trabalho social”, afirmou.

Marcelo Wanderley, coordenador da Casa São João Paulo II, destacou a importância do evento para as 48 comunidades terapêuticas de Alagoas. “Essa é uma oportunidade para conversarmos, trocarmos experiências e encontrarmos formas de crescer juntos”, disse.

“Esse seminário nos ajudou a criar táticas para a manutenção das comunidades. É uma carta de alforria para ficarmos livres de emendas parlamentares e vias para auto sustentação”, afirmou Padre Tito Régis, diretor financeiro da Recriar, uma das federações que representam as comunidades terapêuticas em Alagoas.