Dom Beto Breis ordena Álvaro Queiroz e Ronaldo Vasconcelos para o Diaconato Permanente na Igreja

O arcebispo destacou a noite como um momento também de celebrar a Senhora do Advento, a Virgem Maria e Nossa Senhora de Guadalupe, aquela que veio ao mundo para servir.

Por Mariane Rodrigues | Setor de Comunicação

(Fotos: Carlos Wilker | Pascom Arquidiocesana)

Uma Celebração Eucarística emocionante, que durou quase três horas, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Beto Breis, e que transmitiu aos fiéis a importância de servir ao outro como um espelho de Jesus e Maria na terra. Assim foi a Ordenação Diaconal Permanente dos teólogos Álvaro Queiroz da Silva e Ronaldo Pereira Leite de Vasconcelos, celebrada nessa quinta-feira (12), festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral Metropolitana de Maceió.

O momento contou com a presença de familiares, como esposas e filhos, além de amigos, padres e diáconos das paróquias da Arquidiocese de Maceió.

Na abertura, o arcebispo destacou a noite como um momento também de celebrar a Senhora do Advento, a Virgem Maria e Nossa Senhora de Guadalupe, aquela que veio ao mundo para servir.

O rito de ordenação foi iniciado com Álvaro Queiroz e Ronaldo Vasconcelos sendo chamados pelo nome. Em seguida, o sacerdote Padre Alexandro Rufino, responsável pela Escola Diaconal, foi designado para pedir ao bispo para ordená-los à função de diácono, externando que os dois são dignos para a ordem do diaconato.

A homilia de Dom Beto Breis, que durou cerca de 20 minutos, levou os fiéis a refletirem sobre o significado da palavra Serviço. Na noite, ele conciliou o simbolismo de Virgem Maria que veio ao mundo para servir, com o papel do diaconato dentro da igreja: o de prestar a servidão em prol do outro.

“Nesse tempo do Advento, somos convidados a olhar para Maria. Nesses dias, tenho me lembrado do que o Papa Paulo VI diz: ‘Os fiéis que procuram viver na liturgia, o espírito do Advento, ao considerarem o amor inefável com que a virgem mãe esperou o filho, serão levados a tomá-la como modelo e a prepararem-se também eles para irem ao encontro do Salvador que vem”, explanou o arcebispo.

Para Dom Beto Breis, a Igreja precisa de homens e mulheres com o jeito de Maria: atenta, solícita, com olhos e coração abertos para perceber a necessidade dos outros.

“O Ministério Diaconal não é um degrau, é sempre grau. Ou seja, não é mais poder a cada passo, ao contrário. Aos diáconos se põem as mãos para o serviço. Maria se apresenta como escrava, mas outra palavra para serviço é a palavra diaconia, aparece mais de cem vezes no novo testamento: Jesus mesmo disse: ‘Eu não vim para ser servido, eu vim para servir, vim para ser diácono. Diácono tem sentido mais profundo: é aquele que serve por amor, sem constrangimento, livremente”, complementou o arcebispo.

Os dois diáconos manifestaram a sua obediência à Igreja, o desejo em assumir o ministério; o interesse em servir com humildade e amor; o compromisso em guardar e proclamar a fé com palavras e atos conforme o evangelho e tradição da igreja; o de rezar fielmente à liturgia ao povo de Deus e o de seguir o exemplo de Cristo.

Posteriormente, Álvaro Queiroz e Ronaldo Pereira se prostaram diante do altar ao som da Ladainha de todos os Santos e Santas.  Depois, o arcebispo pediu à bênção de Deus para os novos diáconos.

Após esse momento, finalmente os dois tornaram-se diáconos da Igreja, recebendo as vestimentas apropriadas, chamadas de vestes dalmáticas, e o livro dos evangelhos pelas mãos do arcebispo.

Em momento de emoção, os diáconos presentes saudaram os novos diáconos como sinal de acolhimento e depois percorreram todos ao longo da igreja para cumprimentar os familiares, amigos e fiéis presentes.

O diácono Álvaro Queiroz define que o momento de ordenação foi de realização e felicidade.

“É um momento ímpar porque eu passo a fazer parte da hierarquia da igreja, passo a fazer parte do clero. É um momento importantíssimo na minha vida porque a partir de agora eu vou prestar um serviço muito maior ao povo de Deus da Arquidiocese de Maceió”, afirma ele.

Já Ronaldo Vasconcelos lembra que ele passou 19 anos no seminário, período em que foi convidado para fazer parte do diaconato e aceitou o convite com alegria.

“É uma caminhada longa, dificultosa, mas satisfatória no final. Os maiores desafios são a espera, de 19 anos no seminário. Para mim é um momento de alegria, cheguei ao objetivo ao qual fui convidado, é uma satisfação enorme poder servir”, Ronaldo

Os diáconos

Álvaro Queiroz é casado, tem 62 anos, é professor, pesquisador e doutor honoris causa em História. Ele cursou Filosofia e Teologia. Exerce ainda o magistério dando aulas de História da Igreja, no curso de Teologia.

Ronaldo Pereira Leite de Vasconcelos é casado com Ana Cecília C. Vasconcelos, há 34 anos. Tem dois filhos e quatro netos. É servidor público estadual há 37 anos e cursou Teologia.

O diaconato

A Igreja possui três graus de Ordem que dão a seus integrantes funções importantes, como bispos e padres. E na primeira Ordem estão os diáconos, cuja incumbência é servir e ajudar o povo de Deus.

Eles poderão administrar batismo, distribuir e guardar eucaristia, assistir e abençoar matrimônios em nome da igreja, levar eucaristia aos enfermos, ler aos fiéis e proclamar a sagrada escritura, instruir e animar o povo, presidir a oração dos fiéis e dirigir os ritos dos funerais.

Diferente dos diáconos temporários, que se preparam para receber o sacerdócio e seguir à segunda ordenação, os diáconos permanentes não buscam o sacerdócio. São homens casados e que, comumente, têm profissão fora da Igreja.