Abertura da Festa da Padroeira reflete sobre perseguição aos cristãos

Thiago Aquino/ Pascom Arquidiocesana

Abertura aconteceu nesse sábado (17). Fotos: Wanderlan Velozo/Pascom Arquidiocesana

A Festa da Padroeira da Arquidiocese e da cidade de Maceió iniciou, nesse sábado (18), com a Caminhada da Família, hasteamento da bandeira e Santa Missa, presidida pelo arcebispo metropolitana dom Antônio Muniz Fernandes. O primeiro dia contou com a participação da Pastoral Familiar e a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

Após a Caminhada da Família, organizada pela Pastoral Familiar, dom Antônio Muniz e cônego Severino Fernando, reitor da Catedral, hastearam a bandeira de Nossa Senhora dos Prazeres. Os fiéis seguiram com a participação na Santa Missa de abertura.

O arcebispo lembrou os eventos importantes realizados no início da festividade. “Hoje tivemos uma caminhada da oração pela santidade da família e também vivemos um encontro na Paróquia Rosa Mística com o grande movimento Ajuda à Igreja que Sofre, para refletirmos também sobre a situação do sofrimento da Igreja. O nosso esforço é por uma Igreja orante, eucarística, missionária e samaritana, pensando nos quatro cantos do mundo. É o nosso desafio ao recordar o Centenário da nossa Arquidiocese”, disse.

Dom Antônio acolheu na celebração Frei Rogério Lima, religioso carmelita e assistente eclesiástico da Ajuda à Igreja que Sofre no Brasil. O representante da obra pontifícia concelebrou e foi o pregador da noite.

“Como é bonito começar a festa da Mãe agradecendo pela vida desta Igreja e rezando pelos cristãos perseguidos. Quando iniciamos esse dia de oração há 5 anos pedíamos, sobretudo, pelos cristãos perseguidos no Oriente Médio e lá temos vistos algumas mudanças graças a Deus. Por outro lado, a perseguição religiosa chegou a outros países e por isso agora dedicamos também as nossas orações por todos os cristãos que são perseguidos no mundo inteiro, perseguição que começa pelo fato da não aceitação ao diferente. Neste ano de 2019, já se tornou um dos mais sangrentos para os cristãos, em algumas situações só por causa do uso do crucifixo”, pontuou Frei Rogério.

O religioso falou que a situação deve encorajar e intensificar a fé dos demais cristãos, além de despertar o espírito de solidariedade: “Não estamos para murmuração, mas para louvar a Deus e afirmar que a fé desses nossos irmãos é uma fé provada, pois eles são desafiados pela vida da fé e testemunham com o sofrimento e muitas vezes com o sangue. E nós somos desafios para que possamos rezar, apoiar e nos irmanar, é isso que motiva esta obra do Santo Padre e que conta com os benfeitores que se colocam a serviço de quem mais sofre, hoje temos 5 mil projetos no mundo inteiro. Então é possível devolver o ódio com atitudes de amor e perdão, como Jesus nos ensinou”.

O assistente eclesiástico da Fundação também citou outra forma de perseguição e pediu oração aos fiéis. “A difamação e a calúnia também têm intimidado a vida da Igreja, querem inibir a força da evangelização, mas precisamos nos manter esperançosos. Hoje rezando com a Igreja de Maceió, queremos pedir a intercessão da Virgem Maria, aquela que canta as verdadeiras alegrias, para que Deus fortaleza e dê a Igreja de Maceió e a Igreja no mundo inteiro o vigor da profecia e a sensibilidade samaritana, para que sejamos uma Igreja solidária por todos os que são perseguidos e estão necessitados”, acrescentou o sacerdote.

A Pastoral Familiar e o Movimento Apostólico de Schoenstatt realizaram uma apresentação em homenagem a Nossa Senhora dos Prazeres.

A Pastoral da Comunicação realiza a cobertura completa pelas redes sociais. Os seguidores podem acompanhar pelas hashtag #CentenarioArqMaceio2020 e #PadoreiraMCZ2019. A Rádio Imaculada Conceição segue com transmissões das missas aos fins de semana.