Marcos Filipe Sousa/ Pascom Arquidicesana
A bela cidade de Marechal Deodoro recebeu no dia 1° de março a III Romaria do Centenário. Centenas de pessoas percorreram as históricas ruas da cidade, demonstrando a fé do povo no ano em que a Igreja de Maceió celebra os seus 100 anos de elevação à Arquidiocese.
O arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, falou sobre a escolha da cidade para esta terceira edição. “Nós fizemos a primeira romaria em Porto Calvo, que foi a primeira paróquia. Por volta de 1610, Marechal estava se organizando com a saída dos holandesas, a recuperação daquilo que havia destruído, mas também a recuperação daquilo que eles fizeram de bom. Depois desse momento crítico da nossa história, Porto Calvo era a pretensa capital para os holandeses. Por isso, escolhemos aqui para terminar, porque foi onde a Evangelização se concretizou no território, com a construção do complexo com os franciscanos, os carmelitas com o complexo de Nossa Senhora do Carmo, e a criação da paróquia de Nossa Senhora da Conceição”.
“É com alegria que estamos aqui no ano em que celebramos o Centenário, encerrando essa tríade, com a primeira em Porto Calvo e a segunda em Santa Luzia do Norte”, completou.
A programação iniciou nas primeiras horas da manhã na Igreja de São João Batista, no povoado Pedras, com a acolhida das pessoas. A pequena capela se transformou em um majestoso templo, iniciando com a oração do terço mariano.
Saindo em caminhada para o centro histórico, o padre Luciano Duarte, da Paróquia de São Miguel Arcanjo e administrador do Complexo Conventual de Santa Maria Madalena, destacou a alegria de receber o evento.
“Marechal Deodoro tem um papel importante ligado diretamente a história da Diocese de Maceió, e depois da nossa história como Arquidiocese. Foi aqui o primeiro seminário, onde a história de Marechal caminhou junto com a da Igreja, o início da Evangelização”, colocou.
Pelas ladeiras e ruas de Marechal Deodoro, as pessoas rezavam e contagiavam quem estava nas portas das residências. Chegando na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na capela de Nosso Senhor do Bonfim, a primeira construída na cidade, a imagem de Nossa Senhora dos Prazeres se uniu a multidão.
A romaria foi acolhida pelas autoridades da cidade na sede da Prefeitura de Marechal Deodoro, e lá foram hasteadas as bandeiras do município e da Arquidiocese de Maceió, ao som do hino do Centenário.
Moradora da cidade, a senhora Maria Natalícia da Paróquia de São Miguel Arcanjo, classificou “divina” a terceira romaria. “Muito louvável esse Centenário que estamos comemorando aqui no nosso berço da República. Nós leigos temos muito o que agradecer a Deus, cem anos é muita coisa”.
Chegando ao Complexo Conventual de Santa Maria Madalena, a programação continuou com oração do Ofício da Imaculada Conceição, Adoração ao Santíssimo Sacramento e Leitura Orante da Bíblia, divididas entre as igrejas de São Benedito e Santa Maria Madalena.
“É uma romaria eucarística, onde o ostensório do primeiro congresso inicia a peregrinação em todas as paróquias e lugares”, disse o Padre Tito Régis, coordenador da equipe de Infraestrutura do Centenário.
No local, as pessoas também puderam contar com padres para o sacramento da reconciliação, enfatizando o momento quaresmal e o sentido eucarístico da romaria.
“E aqui estamos nesse momento penitencial, para nos livrar do pecado e caminharmos livres. Acredito que marcamos com essa romaria, a história do nosso Centenário”, explicou o Padre Manoel José, coordenador de Pastoral e da Comissão do Centenário.
Com o pôr do sol na lagoa, as pessoas seguiram em caminhada para a pátio da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, para a celebração de missão de encerramento.
Na homilia, o arcebispo metropolitano, lembrou que iniciava ali a peregrinação do ostensório de 1945. “Convido os padres das paróquias da cidade para recebê-lo e iniciamos então esta caminhada rumo ao II Congresso Eucarístico Provincial”, convidou o metropolita.