Dom Antônio Muniz anuncia o adiamento do II Congresso Eucarístico Provincial

As celebrações do Centenário da Arquidiocese e do II CEP acontecerão em 2021.

Por Fillipe Lima – Pascom Arquidiocesana

(Foto: Wanderlan Velozo)

Durante Missa celebrada na segunda-feira (6) da Semana Santa, em sua capela particular, o Arcebispo Metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz, e o padre Manoel José, coordenador de Pastoral da Arquidiocese, anunciaram o adiamento da realização do II Congresso Eucarístico Provincial.

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“Temos que ter a certeza de que tudo isso irá passar, como diz Santa Teresa. E nós mantemos de pé as celebrações do Jubileu do Centenário e do II Congresso Eucarístico Provincial. Garantimos as realizações destes eventos e em breve iremos anunciar a nova data. Mas fiquem tranquilos, pois serão realizados”, afirmou padre Manoel José.

Dom Antônio reforçou a importância do distanciamento social proposto pelo Governo de Alagoas.

“Pedimos a todos em nome de Deus e amor a nossa senhora, a máxima compreensão de tudo que está acontecendo durante esses dias, vamos preservar nossa saúde e também a saúde do nosso povo”, disse.

Em sua homilia, Dom Antônio explicou como Jesus surpreendeu os judeus ao entrar em Jerusalém e anunciar o reino de Deus de modo humilde.

“Estamos seguindo os passos de Jesus e o Evangelho de João vai pontuando tudo durante os dias que antecedem a festa da Páscoa. Jesus passou o dia ocupado em Jerusalém e ele foi acalmar os ânimos exaltados. Sua entrada em Jerusalém foi diferente daquilo que se esperava, com um cavalo branco, grande e forte para que fosse proclamado como o Rei Todo Poderoso. Mas Ele escolheu o caminho mais humilde. Jesus vai desmontando aquilo que era expectativa do povo e dia discípulos e Ele diz que irá entrar como um humilde servidor e anunciar o reino de paz, justiça e fraternidade sonhado por Davi e os nossos antepassados”, meditou.

O Arcebispo Metropolitano refletiu sobre o real emprego do dízimo e atentando o seu uso para a ajuda aos pobres. Para Dom Antônio, uma Igreja que não partilha o dízimo com os pobres, tem em seu líder o espelho da figura de Judas Iscariotes.

“A tradição da Igreja Católica é para a manutenção do ministério, a segunda parte para manter o templo e a terceira parte para os pobres. Quantas igrejas enriquecem do dízimo e da parte dos pobres. Quem quer uma Igreja financeira e de prosperidade material e as coisas de Deus para se complementar para enriquecer, isto não é de Cristo. Ter isso no coração é ser igual a Judas, um falso, que diz uma coisa e pensa outra. Tudo isto não pode existir no meio de nós. Quem quiser ser grande, seja servidor. Quem quiser ser o maior, seja o menor e servidor de todos. Este é o perfil da Igreja e por isso ele passa por este sofrimento e irá morrer para ao terceiro dia ressuscitar. Está é a nossa fé e que possamos viver esta preparação intensa”, completou.

Dom Antônio seguiu sua homilia lamentando as vítimas do Covid-19 e pedindo aos fiéis que continuem se cuidando contra a contaminação do vírus.

“Soubemos que chegamos ao número de 500 mortos no Brasil. E olhe que ainda não atingiu os locais mais pobres. Imagine quando este vírus estiver assolando as favelas e os locais mais insípidos, onde não há nem água para as pessoas realizarem a higiene para evitar o contágio”, disse.

O metropolita prosseguiu: “Eu chamo atenção para uma preocupação do Papa Francisco. Ele foi sozinho realizar uma oração e colocou sobre seus ombros o sofrimento da humanidade que está sendo maltratada pelo vírus. Ele trouxe tudo aquilo para si e viveu naquele silêncio. Permaneçam em casa, celebre tudo na Igreja Doméstica e comungue espiritualmente, pois estará sempre em nosso coração aberto para viver o dom da fé. Vivamos esses dias com paciência, que tudo alcança”, finalizou.