Micheliny Tenório | Pascom Arquidiocese de Maceió
Diferente do que ocorre há anos no Santuário São João Paulo II e Santa Irmã Dulce, no Dique Estrada, a Festa da Misericórdia está sendo celebrada de forma contida, porém, não menos especial. O Arcebispo Metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz presidiu a Santa Missa no Domingo da Divina Misericórdia, nesta manhã (19), na Capela particular da residência episcopal, com transmissão pelas redes sociais da Arquidiocese.
No início da Santa Missa, Dom Antônio lembrou a instituição da Festa da Misericórdia por São João Paulo II, no momento em que canonizou Santa Irmã Maria Faustina Kowalska, freira polonesa a quem Jesus solicitou esta festa. A canonização ocorreu na Igreja de Santo Espírito, em Sassia, centro italiano da devoção a Jesus misericordioso, onde o Papa Francisco também celebrou a Missa da festa da Divina Misericórdia.
Em sua homília, o Arcebispo refletiu que experimentamos a misericórdia de Deus nas coisas simples que vivenciamos, como a partilha com os necessitados e alertou para uma nova proposta de vida diante do caos instalado pelo novo coronavírus.
“O mundo mostra-se fraco, e a arrogância e o orgulho dos governantes caem acometidos por um vírus que faz tanto estrago, para que a partir desta realidade possam enxergar um novo mundo, que tem como motor central a misericórdia. E para que na dinâmica deste mundo se instale a fraternidade e a valorização da vida, que passa pela valorização da natureza, e não dos interesses de riqueza, ganância, prepotência e poder”, ressaltou o Arcebispo.
Recordando as palavras do Santo Evangelho, Dom Antônio disse que a descrença do apóstolo Tomé é um sinal para se renovar e avivar a fé em Deus.
“Tiramos do exemplo de Tomé, deste atrasado na fé e experimentado na misericórdia de Deus, a certeza de que Jesus espera por nós para que creiamos em sua misericórdia”, destacou Dom Antônio.
O Arcebispo encerrou a Santa Missa pedindo orações aos fiéis na intenção do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, que visa descriminalizar o aborto para grávidas com zika vírus, que ocorrerá no dia 24 de abri,l em sessão do plenário virtual do Supremo Tribunal Federal. Dom Antônio classificou como um atentado à vida, caso o julgamento seja favorável.