Artigo por Mons. Rubião Lins Peixoto | Paróquia Nossa
Sra. de Lourdes- Gruta
O livro do Apocalipse no capítulo 12 traz-nos a visão da Mulher gloriosa e são João Evangelista na Ilha de Patmos, textualmente descreveu o sinal: “Vi um grande sinal de uma Mulher vestida de sol, calçada de lua e coroada de estrelas”. A mulher vista por ele é a Mãe histórica de Jesus Cristo, prevista no Genesis capítulo 15, Ela é a Igreja personificada e gloriosa no céu, está imersa em Cristo, habitando no coração da Igreja, Ela é terra e céu ao mesmo tempo, como seu Menino torna-se Mãe de Cristo Deus que se fez homem e Mãe da próprio Igreja e do mundo.
A serpente infernal tenta pica-la, mas não consegue, pois, sua Imacularidade, já venceu-a. Só que, perseguirá os seus filhos que ainda estão se purificando, o rio de água que a serpente lançou de sua boca não pôde submergi-la, a Mulher alçou voo com seu Filho nascido. No Calvário, Maria deu o grito apocalíptico com a dor de parto moral, cooperando com a Igreja de Cristo. É necessário dizer que a expressão “Estava grávida com dores de parto”, significa que a dor do parto é dolorosa. A igreja nasce das dores físicas de Cristo e Moral de Maria. O velho Simeão no Templo já havia dito que “Uma espada de dor transpassará a tua alma”.
Não devemos apenas, ter para com Ela uma piedade devocional, mas, termos uma compreensão que o seu papal é torna-se Mãe, com qual devemos ter um comportamento filial. A Mulher do Apocalipse é também a Igreja que faz a mediação da Graça Trinitária. Ao contempla-la a vemos intercedendo pela Igreja peregrinante, ao Filho Redentor nosso. Maria Encarnou a Palavra, que depois se fez Eucaristia.
Von Balthasar, no que ele chama de “Princípio Mariano e Petrino” nos afirma que Maria já é a Igreja em plenitude e Petrino é o salvaguarda da fé. A Mãe do Senhor é alimentada com o Maná que é próprio Cristo Eucaristia. O deserto para o qual a Virgem foi habitar é para todos nós a eternidade feliz que o Senhor nos promete e, que para lá seguiremos. Von Balthasar nos diz que: “Maria é a nossa porta para Cristo, muito mais do que Pedro, que é apenas o guardião”. E continua: “A forma final e definitiva da nossa participação na vida eterna, será mariana”.