Dom Beto Breis preside abertura do ano letivo das Escolas Católicas

Por Manuela Ponciano | Pascom Arquidiocesana

(Fotos: Manuela Ponciano | Pascom Arquidiocesana)

O arcebispo Dom Beto Breis celebrou, na última sexta-feira (24), a Santa Missa em ação de graças pela abertura do ano letivo de 2025 das escolas em Maceió. O momento, organizado pela Associação Nacional das Escolas Católicas (ANEC), teve a concelebração do padre Francisco Calheiros, da Catedral Nossa Senhora dos Prazeres.

O corpo docente das escolas católicas e comunidades educativas, em comunhão com a Igreja, participaram da liturgia, oferecendo seu serviço de educar para a sociedade e orientar na fé, consagrando a Nossa Senhora dos Prazeres os duzentos dias letivos deste ano de 2025.

Na procissão de entrada da Celebração Eucarística, os representantes das instituições educacionais que compõem a ANECem Alagoas, foram acolhidos sob aplausos e cânticos

Participaram o Colégio São José, Colégio Monsenhor Luiz Barbosa, Centro Educacional Cristo Redentor de Palmeira dos Índios, Colégio Marista de Maceió, Colégio Santa Madalena Sofia, Colégio Madre Valdelícia, Colégio Nossa Senhora do Amparo, Colégio Imaculada Conceição, Colégio Arquidiocesano Monsenhor Batista.

Dirigindo-se aos profissionais da educação, o arcebispo explicou que não há um documento que denomina uma escola como católica, mas que também não basta ter nome de santo.

“O que de fato leva a identificar uma escola católica é justamente a marca do Evangelho. Não só os conteúdos, as transmissões, mas sobretudo a maneira de estabelecer relações no espaço educativo, porque a gente evangeliza muito mais pelo testemunho, pelo comportamento, do que pelas aulas de ensino religioso”, disse o metropolita.

Ele falou ainda da importância de inserir a temática do Ano Santo Jubilar no dia a dia com os jovens, para que lhes seja preservado o direito inalienável de sonhar e ter esperança no futuro, ceifado por tantas distrações. “A escola deve ser o espaço onde se cultiva a esperança”, concluiu o arcebispo.

Caminhar família e escola é essencial

Além da educação pedagógica, as instituições tem o desafio de instruir alunos na fé. Para isso, é necessário estar atento à necessidade do outro e trabalhar a parceria com as famílias.

“Nosso desafio é transmitir Deus através das nossas atitudes no colégio católico”, disse a Irmã Moniele, membro da coordenação do Colégio Monsenhor Luiz Barbosa. “Caminhar família e escola é algo essencial! Com diálogo, os profissionais conseguem ter a família e alunos juntos, fazendo com que esse laço possa favorecer a aprendizagem”, explicou a coordenadora.

Para o professor Adriano Pedrosa, coordenador de ensino religioso do Colégio São José, o maior desafio na educação é manter as famílias em consonância com a proposta da instituição, ressaltando a importância da Igreja doméstica.

Enquanto coordenador pedagógico, o docente alerta que “a escola precisa ser sinal de luz”, sobretudo neste ano da esperança. Por isso, as instituições devem ir além do normativo da BNCC – Base Nacional Comum Curricular -, que é a referência obrigatória para a rede de ensino pública e privada em todo País.

Para ele, é preciso envolver todos os profissionais em pastoral, seguindo o que é proposto pela Igreja, para que a vida orante pautada na fé sustente também a escola, e insira as famílias e a sociedade na missão de educar na fé.

120 anos educando na esperança

O Colégio Marista de Maceió completará 120 anos de fundação neste ano de 2025, possuindo a mesma idade do Seminário Arquidiocesano de Maceió. Ele foi um dos colégios presentes na celebração de ação de graças. Para o Irmão Marista Dener Souza, que é diretor da unidade de ensino e presidente da ANEC, apesar de a escola ter raízes cristã católicas, ela dialoga com outras confissões.

“As pessoas tem consciência que é uma escola confessional católica, então a maioria escolhe o Marista por conta desse diferencial. Mas é claro que dentro do projeto pedagógico, não perdendo a identidade confessional católica, a gente dialoga com outras confissões, então todo mundo é bem-vindo. Os valores da educação católica, desse humanismo integral, todos podem viver independente da religião”, explicou o Irmão Marista Dener Souza.

Fonte de esperança no dia a dia escolar

A expectativa dos docentes para o ano letivo é que as crianças e adolescentes aproveitem o privilégio de estudar em preparação para um futuro com mais oportunidades para o mercado de trabalho e especialmente para que cresçam cientes de que as distrações interrompem não só o aprendizado, mas a beleza da convivência com a família e os colegas.

Este ano de 2025 é tão especial que é chamado de Ano Santo devido a celebração do Jubileu da Esperança, então “que seja repleto de esperança e dedicação, marcado pelo cuidado com o próximo e com a criação”, enfatizou o Irmão Dener no início da Celebração. “Nada mais contrário à nossa fé que o desânimo e o pessimismo”, ensinou Dom Beto Breis, arcebispo metropolitano, em sua homilia.

Portanto, todos os profissionais da educação devem estar comprometidos a ser fonte de esperança no dia a dia escolar, levando a luz de Cristo para que todos possam “ad-mirar de Belém ao Calvário”, através do testemunho cristão.