Há mais de 300 anos, um grande sinal apareceu no Rio Paraíba do Sul. Como outrora no Apocalipse cap. 12, “um grande sinal apareceu no Céu”. no lago de Genesaré, a mando de Jesus, Pedro, Thiago e João laçaram as redes nas águas mais profundas e os peixes se multiplicaram. Na pátria Brasileira, também os pescadores João Alves, Domingos Garcia e Felipe Pedroso, por intercessão da Virgem Maria, pescaram peixes abundantes.
1717 acontece pequeno e grande sinal, no Rio Paraíba do Sul: a imagem da Senhora da Conceição Aparecida! A História narra que o Conde de Assumar, da Corte Portuguesa visitara as Minas Gerais de São Paulo. As autoridades locais queriam oferecer-lhes um banquete de peixes bem escolhidos. Se dirigiram aos três pescadores, afim de que pescassem grandes peixes. Aqueles simples homens disseram: “o rio não está para peixe”. Ordenaram as autoridades que queriam os peixes de qualquer maneira e os ameaçaram de serem surrados caso a pesca não surtisse efeito.
Portugal trouxe para nossa pátria a devoção a Nossa Senhora da Conceição e eles tiraram os chapéus, olharam apara o Céu e rezaram: “valei-nos Nossa Senhora da Conceição”. Laçaram as redes e uma pequena imagem sem cabeça, foi então colhida. Outro lance e surge a cabeça, que se ajusta ao pescoço da mesma. Admirados, com a
imagem nas mãos, disseram: “é a Senhora da Conceição Aparecida”. Na terceira vez lançam, e acontece o milagre dos peixes, peixes abundantes. Sinal que só o Céu explica. O conde se banqueteio enquanto a virgem libertou os pobres pescadores do castigo prometido.
Os estudiosos em esculturas nos dizem que a imagem de nossa Padroeira, encontrada nas aguás remete-nos ao batismo, no qual também pelas aguás, fomos purificado. De cor morena, está solidária com o povo sofredor, outrora escravo no Brasil. Ela esculpida em barro, tipicamente paulista chamado, terra cota. É o nosso ícone e transmite ao povo brasileiro a mensagem de esperança verdadeira e libertação para os escravizados. É a Senhora da Conceição, Imaculada, isenta de todo pecado. Mãe de Deus feito Homem, trazendo traços de gravidez, para dar ao Brasil, Jesus Cristo Salvador. Suas mãos postas, significam que é nossa intercessora. O seu leve sorriso, lembra o anuncio do anjo: “alegra—te, cheia de graça” Lc 1. Finalmente, Mãe da Igreja que somos nós, atravessando com segurança o mar encapelado da vida.
Finalmente, a princesa Isabel oferece-lhe a própria coroa cravejada de brilhantes. Caríssimos pescadores, infelizmente a história das vossas vidas perdeu-se no tempo, mas perguntamos a vocês: qual de vocês foi o primeiro que beijou a imagem a afagou-a com amor? E as velas que se acenderam por si mesmas em vossas vivendas, nada restou? Onde foi recitado o primeiro rosário com as famílias e amigos mais íntimos? E nós ficamos cantando: “Viva a Mãe de Deus e nossa, sem pecado concebida…”
Monsenhor Rubião Peixoto