Arquidiocese de Maceió divulga programação para as celebrações da Semana Santa e Tríduo Pascal 2023

Por Setor de Comunicação

(Fotos: Arquivo Pascom Arquidiocesana)

Este ano haverá a Procissão do Senhor Morto, tradicionalmente após a Celebração do Senhor na Sexta-Feira Santa, fim da tarde, e a Catedral Metropolitana espera a participação piedosa dos fiéis.

Com a aproximação a celebração da Páscoa do Senhor, a Arquidiocese de Maceió divulga a programação da Catedral Metropolitana Nossa Senhora dos Prazeres, no centro da cidade, para as celebrações piedosas da Semana Santa e Tríduo Pascal deste ano.

A Semana Santa, semana Maior da Igreja, este ano em abril, tem início com o Domingo de Ramos até a manhã da Quinta-feira Santa com a seguinte programação: Domingo de Ramos (02) serão realizadas duas Celebrações Eucarísticas;  a primeira, às 09h, com procissão de Ramos saindo da Igreja São Gonçalo, no Farol, para a Catedral Metropolitana e outra Santa Missa, às 17h, o fiéis devem levar seus ramos.  Na Quarta-feira Santa (05), às 19h, será celebrado o Ofício das Trevas e na Quinta-feira Santa (06) pela manhã, às 09h, a Missa do Crisma, uma concelebração Eucarística presidida por Dom Antônio Muniz Fernandes.

Na celebração da Missa do Crisma o bispo realiza o rito de bênção dos Santos Óleos, que serão usados em todas as Paróquias durante ano na celebração dos Sacramentos; também nesta celebração acontece a Renovação das Promessas sacerdotais, com a presença de todos os padres do Clero da Arquidiocese.

Tríduo Pascal – Catedral Metropolitana

O Tríduo Pascal, que começa na Quinta-feira Santa e termina no Domingo da Ressurreição (domingo da Páscoa do Senhor), conta com a seguinte programação: Na Quinta-feira Santa (06),  Missa da Santa Ceia do Senhor, às 19h; Sexta-feira Santa – Dia da Paixão de Nosso Senhor (07) os fiéis participam da oração do Ofício da Agonia, às 12h, e a Celebração da Paixão, às 15h, logo em seguida sairá da Catedral um cortejo piedoso com a esquife e imagem do Senhor Morto pela ruas do Centro retornando à igreja Mãe da Arquidiocese.

No Sábado Santo – Sábado do Silêncio (08), a igreja Catedral permanece sem atividades durante todo o dia, abrindo à noite para a celebração da Vigília Pascal, às 19h; e no Domingo da Páscoa do Senhor (09) a Santa Missa será realizada em dois horários: às 09h e 17h.

Santuário Arquidiocesano da Virgem dos Pobres – Mangabeiras

O reitor do Santuário, padre José Aloisio, divulgou que neste período da Semana Santa e Tríduo Pascal serão realizadas no Santuário as seguintes celebrações: Domingo de Ramos, às 10h; Quinta-Feira Santa, às 17h, e Sábado de Aleluia, Vigília Pascal, às 18h.

Paróquias da Arquidiocese

Nas Paróquias também acontecerá as Santas celebrações e cada uma com a sua programação, podendo haver alterações de alguns horários em relação à Catedral Metropolitana, no entanto a Celebração da Paixão de Nosso Senhor em todas é realizada às 15h.

Os fiéis podem acompanhar, além da participação presencial, ao vivo pelas mídias sociais da Arquidiocese de Maceió e Youtube/ArqDeMaceio e pelas redes sociais da Catedral Metropolitana de Maceió @catedraldemaceionsp .

Segue abaixo a programação detalhada para a Catedral Metropolitana:

DOMINGO DE RAMOS – 02/04

9h – Procissão de Ramos, saindo da Igreja São Gonçalo para Catedral Metropolitana, onde se continuará a Celebração

17h – Santa Missa na Catedral, somente com a bênção dos ramos

QUARTA-FEIRA SANTA – 05/04

19h – Ofício das trevas

QUINTA-FEIRA SANTA – 05/04

9h – Missa do Crisma, concelebração presidida por Dom Antônio Muniz Fernandes, arcebispo Metropolitano de Maceió

19h – Missa da Ceia do Senhor

SEXTA-FEIRA SANTA – 07/04

12h – Oficio da Agonia

15h – Celebração da Paixão de Nosso Senhor, logo em seguida a Procissão do Senhor Morto pelas principais ruas do Centro da Cidade

SÁBADO SANTO – 08/04

19h – Vigília Pascal

DOMINGO DA RESSURREIÇÃO DO SENHOR – 09/04

9h e 17h – Santa Missa da Páscoa do Senhor

TRÍDUO PASCAL

Se tem falado sobre a Semana Santa e como a Igreja celebra os mistérios da redenção e salvação humana; e para que aja um aprofundamento ainda maior nesse Tempo, entenda o Tríduo Pascal.

Quinta-feira Santa

Na Quinta-feira Santa, a Igreja medita o mistério da Santa Ceia do Senhor, na instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, pois e recorda e revive a oferta do Corpo e Sangue de Jesus sob as espécies do Pão e do Vinho, quando o Senhor os entregou aos Apóstolos para que eles os tomassem, mandando-lhes oferecer aos seus sucessores. Revivemos, também, a promessa da Vinda do Espírito Santo como está em João, 14- 16

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito”

O dia tem início com a bênção dos Santos Óleos, inicia-se também, neste dia, o Tríduo Pascal com a Missa do Lava-pés. Ao final da celebração, acontece a “Transladação do Santíssimo”, ou seja, o sacerdote recolhe as Hóstias Consagradas e as coloca no sacrário ou na capela devidamente preparada. Uma procissão é realizada, para que ocorra a adoração ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Esta é biblicamente a noite da agonia de Cristo no horto das Oliveiras. Noite em que Cristo deu solenemente o sim ao pai para beber o cálice da Paixão.

Sexta-feira Santa

Na Sexta-feira Santa se recorda a entrega do Senhor como vítima pela humanidade. Meditamos com a crucifixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. A celebração desse dia se dá em três partes: Liturgia da Palavra com o Evangelho da Paixão; adoração da cruz e a distribuição da comunhão. Esse é o único dia em que não há Missa. A Igreja, então, nos convida a viver a Celebração da Morte do Senhor às 15h. Com o término da Celebração, ocorre a procissão do Senhor Morto. Assim, devemos observar em jejum e em abstinência de carne, além de guardar o silêncio e nos mantermos em oração. Não devemos viver este dia em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Nosso Senhor, pois Ele trouxe a salvação para todos e venceu a morte.

O Catecismo da Igreja revela-nos que o Verbo encarnado ao morrer e ressuscitar por nós, nos encheu com suas bênçãos, e por meio dele, derramado em nossos corações, o dom que contém todos os dons: O Espírito Santo.

O Senhor desejoso por nós, nos convida a Viver este Tempo em união com a sua dor, assim como Ele fez com Santa Margarida Maria e tantos outros Santos. Meditar a Paixão, morte e ressurreição do Senhor nos auxilia na prática das virtudes. Que possamos viver da melhor maneira este tempo trilhando o nosso caminho de Santidade, conforme os propósitos do Senhor.

Sábado de Aleluia

Afinal, este é um dia de luto ou de alegria?  De um lado, corresponde ao período posterior à morte de Jesus na Sexta-feira e anterior à Sua Ressurreição no Domingo. Por outro lado, lembremos que a palavra aleluia significa “louvor a Deus”, portanto, expressa alegria. Como então caracterizá-lo?

Algumas palavras dizem respeito a este tempo: contemplação, espera e, principalmente, silêncio. Neste dia do silêncio, calam-se os sinos e os instrumentos. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo! Mas, este silêncio, paradoxalmente, revela a plenitude da Palavra.

Assim como a sexta-feira da morte e o domingo da Ressurreição de Cristo, este dia também reserva um mistério próprio. Nele, Cristo adormecido no sepulcro, acordou os que dormiam há séculos na mansão dos mortos. A morte foi vencida pelo Amor. Portanto, a alegria da salvação se faz.

Liturgicamente, temos a Vigília Pascal – a Noite das Noites. Na Vigília Pascal temos:

Liturgia do fogo: o acendimento do círio pascal, representando a luz que sustentará e manterá acesa a fé. Apresenta as letras Alfa e Ômega e a data do ano demonstrando a atualização anual deste mistério. Há também cinco cravos que representam as 5 chagas de Cristo. Demonstrando que a noite da Cruz antecede a o raiar da ressurreição.

Liturgia da Palavra: percorre a história da salvação do AT ao NT relacionando-os.

Liturgia Batismal: renovação das promessas de Batismo.

Liturgia Eucarística: o banquete que o Senhor nos preparou.

Como é difícil confrontar o silêncio. Seja da dor vivida, seja do futuro incerto. Podemos, neste momento, nos lembrar dos discípulos de Emaús que não reconheceram quem caminhava com eles por causa da desolação diante do silêncio da morte. Assim somos nós, todas as vezes em que o silêncio de Deus se faz em nossa vida. A desolação toma conta de nosso ser fechando nossos olhos, ecoando em nós o salmo 30:

“Quando escondeste teu rosto, eu fiquei conturbado”.

Mas, naquele dia, Jesus caminhou ao lado de seus discípulos ensinando-os, relembrando as sagradas escrituras e evidenciando a eles o Seu plano de Salvação. E foi ao partir do pão, que os olhos dos discípulos se abriram reconhecendo que Jesus sempre esteve ao lado deles. A Palavra e a Eucaristia são o próprio Cristo que se dá permanentemente a todos nós como alimento santo para sustentar-nos, pois em nossas fragilidades, também facilmente podemos perder a visão de Deus.

Só Maria entendeu e viveu a força do silêncio em sua plenitude, pois só um profundo espírito de abandono e de fé é capaz de não se deixar desconcertar diante do silêncio de Deus. E é ela, neste sábado santo, que nos ensina a vivenciar o silêncio da espera que antecede o grito de “aleluia”.

Domingo da Páscoa

A ressureição de Jesus Cristo é o ponto central e mais importante da fé cristã. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que ele é verdadeiramente o filho de deus. A igreja vibra e todos renovamos a nossa fé.