Arquidiocese de Maceió inicia celebrações do Tríduo Pascal

Vigário-Geral lembrou que a celebração traz consigo a importante face do serviço.

Por Marcos Filipe Sousa | Pascom Arquidiocesana

(Fotos: Wanderlan Velozo | Pascom Arquidiocesana)

Por volta das 19h desta Quinta-feira Santa (1°), toda a Arquidiocese de Maceió se uniu para iniciar as celebrações do Tríduo Pascal deste ano. Na Catedral Metropolitana, a Missa da Ceia do Senhor, ou conhecida também como “Lava-Pés”, foi presidida pelo vigário-geral, Dom Genival Saraiva de França.

Antes de iniciar a Celebração Eucarística, o cônego Severino Fernando de Souza Neto, reitor e pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Prazeres, leu a mensagem de Dom Antônio Muniz para os sacerdotes da Arquidiocese no dia de hoje.

Na homilia, o bispo emérito de Palmares (PE) recordou que a Eucaristia é a presença real de Deus no meio do seu povo.

“Esse mistério faz parte da natureza da vida da Igreja. Recordemos a palavra de Jesus antes de subir aos céus: Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos. O profeta Isaías quando anunciou que o Messias nasceria de uma virgem, disse que seu nome seria Emanuel, Deus conosco. Então, Jesus ao celebrar a ceia da nova aliança pronuncia: Esse é o meu corpo. Fazei isso em memória de mim. Está aí, Deus sempre conosco”.

A celebração da Ceia do Senhor faz reviver a noite em que Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio, deixando o mandamento do amor fraterno. Com isso, o vigário-geral explicou que essa noite recorda o quanto a humanidade foi amada e como Deus quer está perto do homem.

“Fazer memória não é lembrar um fato do passado. O poder de Jesus, torna o agora, o que ele disse na noite da ceia dos apóstolos. É o que celebramos. Um autor assim escrever: celebrar a ceia do Senhor é estar disposto a aprender as grandes lições do autêntico serviço a Deus e ao próximo. Contudo nao basta estar na ceia, é preciso estar na ceia com o Senhor. Tomemos consciência dessa experiência que acontece conosco agora. Estamos particiando dessa celebração com o Senhor”.

Ela ainda lembrou que a celebração traz consigo a face do serviço. “Como acompanhamos desconcertou os apóstolos com aquela sua atitude de lavar os pés. Claro que dentro de uma sociedade desigual, estruturada como a do tempo de Jesus e a nossa, é impensável, mas ainda ver concretizado: o dono da casa lavar os pés da doméstica, a dona por a mesa para a diarista. Isso não está na nossa estrutura, mas foi isso que Jesus fez. Queríamos nós que a sociedade tivesse essa padrão, mas normalmente são discriminadores. A santa missa é sempre culto a Deus, mas um chamado ao serviço, como Jesus fez e depois os apóstolos”.

A importância do sacerdócio

Dom Genival lembrou que devido a pandemia da Covid-19 nao foi possível realizar a missa do Crisma pela manhã, com a renovação das promessas sacerdotais, e que o Arcebispo, Dom Antônio Muniz Fernandes divulgou nova data para 14 de setembro.

“Hoje era para os bispos estarem com seus padres realizando essa renovação. Mas vamos agradecer nesta noite o dom do sacerdócio confiado por Cristo a tantos homens que dedicadamente colocam suas vidas no culto a Deus e no serviço aos irmãos e irmãs”.