| Thiago Aquino / Pascom Arquidiocesana
A Arquidiocese de Maceió encerrou o ano de 2020 com chave de ouro. O arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm., realizou a ordenação sacerdotal do diácono Michael Jonnathan e a ordenação diaconal do seminarista Cosme Evangelista na noite de segunda-feira (28) na Igreja Matriz de São Miguel Arcanjo, na Colina dos Eucaliptos. No total, a Arquidiocese ganhou este ano, como encerramento das celebrações dos 100 anos, cinco noves padres e sete diáconos transitórios.
A celebração foi presidida por Dom Antônio, concelebrada por Dom Genival Saraiva, vigário-geral da Arquidiocese, cônego Severino Fernando, reitor do Seminário Arquidiocesano, padre Tito Régis, administrador da Paróquia São Miguel Arcanjo e demais padres arquidiocesanos, além da presença de diáconos e seminaristas. A maior participação de fiéis foi de forma virtual pela transmissão ao vivo da Pastoral da Comunicação através do Youtube.
Os dois ordenados, assim como os demais deste ano, participaram de um retiro na Comunidade São Luís e Santa Zélia, em Messias, conduzido por Dom Genival. Por isso, o arcebispo pediu que o vigário-geral realizasse a homilia.
“Por esses dias voltei a uma daquelas meditações que fizemos no retiro, em que tratamos as virtudes teologais na vida de um ministro ordenado. Em Jeremias, o chamado de Deus acontece em um tempo, no lugar, em uma circunstância e em uma fase da vida. Diante da leitura pessoal de Jeremias que não teria condições para assumir aquela missão porque era novo, Deus diz que vai assisti-lo, que bastasse corresponder. Portanto, é importante como a gente se vê pequeno diante de Deus, porque o ser humano é limitado, mas não significada que apenas qualidades cultivadas humanamente são pré-requisitos para assumir os sacramentos”, disse Dom Genival aos novos ministros ordenados.
“Vivamos essa celebração, assumindo a vocação que vem de Deus, mas não deixemos também de assumir isso como gesto de fé. É preciso que o padre e o diácono tenham fé e caridade. Que a fé seja traduzida em caridade. Essas virtudes devem ser realmente vividas por uma linguagem especial, se trata de coerência. Vamos agradecer a Nosso Senhor pelo dom da vocação e pedir que esses novos jovens diáconos e padres possam viver a fé e no serviço da caridade”, acrescentou o pregador.
O rito de ordenação se deu após a Liturgia da Palavra, com a eleição do candidato e a imposição das mãos. O seminarista Cosme Evangelista foi ordenado ao diaconato, primeiro grau do Sacramento da Ordem. Já a ordenação presbiteral foi conferida ao diácono Michael Jonnathan, rito constituído pela prece de ordenação, unção das mãos e entrega da patena e do cálice. Com a prece da Igreja reunida na Matriz de São Miguel Arcanjo, os dois receberam as vestimentas litúrgicas e foram apresentados como novos ministros da Arquidiocese de Maceió.
Entre outros serviços exercidos pelo diácono transitório, está assistir o bispo e os padres nas celebrações, distribuir a Comunhão, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir os funerais e consagrar-se aos diversos serviços de caridade. O diácono tem suas vestes litúrgicas diferentes das dos padres e bispos. A estola é transversal e não vertical com as dos sacerdotes.
O novo diácono Cosme Evangelista exalta que seguir a sua vocação é se tornar pertencente a Deus: “Experimento a graça de Deus fiel, aquele que chamou e esperou de mim uma resposta e respondendo sim ao seu chamado Ele dá tudo aquilo que precisarei para desenvolver o que Ele tem para mim. Vale a pena ser de Deus, vale a pena dizer sim aquele que todos os dia nos chama para seguirmos as pegadas do seu Filho Jesus . Ele deu a vida por nós e nos convida a darmos a vida por Ele. Ele é a verdadeira alegria, é o verdadeiro e único sentido das nossas vidas”.
Cosme também deixou um conselho para os jovens. “Não tenham medo de dizer sim, de abraçar o projeto de Deus para suas vidas a Deus. Ele convida, chama e espera uma resposta. Coragem e responda sim aquele que te ama e que vai te dar tudo o que você precisa nesta caminhada junto com Jesus, Maria e todos os santos”, orientou o diácono.
Já o presbítero, que recebe o segundo grau da Ordem, pela unção do Espírito, configura-se a Cristo, é consagrado para pregar o Evangelho, para celebrar a Eucaristia, conferir os demais sacramento de sua responsabilidade e para ser o pastor dos fiéis. Para cada um dos três graus, o sacramento da ordem é conferido pela imposição das mãos sobre a cabeça do ordinando por parte do bispo, que pronuncia a solene oração consecratória. Com ela, o bispo invoca de Deus, para o ordinando, a especial efusão do Espírito Santo e dos Seus dons, em ordem ao ministério.
O neo-sacerdote Michael Jonnathan lembra do padroeiro dos sacerdotes ao explicar o sentimento de se tornar padre. “Todas as vezes quando paro para refletir sobre o sacerdócio eu sempre me recordo a figura de São João Maria Vianney quando disse ao menino, que mostrou a estrada para chegar até a Igreja, que assim como a criança mostrou o caminho da Igreja, ele mostraria o caminho para o céu. Então como padre este é o meu propósito: levar para a Deus os que estão necessitados, todos aqueles que precisam ser curados interiormente e alcançar a graça da santidade. Meu lema sacerdotal está em João 3, 30: “que Ele Cresça”, que no meu sacerdócio só Deus possa aparecer em todos os meus atos”, refletiu o novo padre da Arquidiocese de Maceió.
A celebração de ordenações foi animada pelo Coral Vozes do Bom Pastor e marcou o encerramento da programação da Arquidiocese de Maceió em 2020, ano em que festejou os 100 anos de sua criação, o Centenário.
Novos sacerdotes e diáconos do Centenário (clique em cada nome para conferir a matéria)
Padre Luiz Antônio do Nascimento Silva
Padre Edson Gabriel dos Santos
Padre Michael Jonnathan da Silva
Diácono Ronaldo da Silva Fernandes
Diácon Diego Luis Barros dos Santos
Diácono Jailson da Silva Santos
Diácono José Antelmo Correia Lima
Diácono Urilian Santana de Moraes
Diácono Gênison Melo dos Santos
Diácono Cosme Evangelista Santos
