[ARTIGO] Covid-19 e Semana Santa (III)

Vigília da Páscoa
Liturgicamente, a Vigília da Páscoa é “a mãe de todas as santas vigílias.” Nesta noite, “A Igreja mantém-se à espera da vitória do Senhor sobre a morte.” “O Sábado Santo é celebrado ao escurecer do dia, à noite. Até as luzes da Igreja são apagadas. Todo o povo se reúne na escuridão. Esta Liturgia é muito rica nos sinais, nos gestos e símbolos. É na Vigília Pascal que acontece a bênção do fogo. O Círio Pascal, uma vela bem grande, é aceso no fogo novo, trazendo o ano que estamos vivendo e duas letras do alfabeto grego, ou seja, o Alfa e o Ômega, que representam Jesus, nossa Luz, Princípio e Fim de tudo e de todos, Senhor do tempo e da história! […] A Vigília Pascal tem quatro partes fundamentais: Liturgia da Luz, da Palavra, do Batismo e da Eucaristia. É comum crianças e adultos serem batizados nesta celebração, quando todos renovam sua fé e confiança no Deus Altíssimo. A Palavra de Deus recorda toda caminhada do povo de Israel, aguardando o Messias, e apresenta Jesus como o verdadeiro Messias, Salvador. O Povo de Deus, pede a intercessão dos santos para que continuem perseverantes no seguimento de Jesus, que trouxe ao mundo uma Boa Notícia e alimenta-se da Eucaristia, remédio santo que cura as enfermidades do corpo e da alma.”
O Decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos determina: “Para a liturgia batismal, mantenha-se unicamente a renovação das promessas batismais.”
A cerimônia da Vigília da Páscoa fala muito à espiritualidade dos fiéis, toca muito o coração dos paroquianos porque, nos “sinais”, “gestos” e “símbolos” desta “noite de alegria verdadeira”, o Mistério de Cristo é vivido por todos os cristãos que renovam as promessas batismais, por adultos e jovens catecúmenos que recebem os Sacramentos da Iniciação Cristã. O canto do Glória a Deus nas alturas e do Aleluia expressa a alegria da Igreja ao fazer, na Liturgia, o contagiante anúncio da Ressurreição.
Domingo da Ressurreição
“É o dia santo mais importante da religião cristã.”
“Ele não está aqui! Ressuscitou, como havia dito! (Mt 28,6”)
“Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres (Cl 3,1-2).” Madalena, Pedro e João vão ao túmulo e o encontram vazio. “De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos. (Jo 20, 9)”
Na oração da Missa do Domingo de Páscoa, a Igreja reza: “Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor, renovados pelo vosso espirito, ressuscitemos na luz da vida nova.”
“ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ PARA NÓS: ALEGREMO-NOS E NELE EXULTEMOS!’
A solicitude da Igreja Diocesana/Paroquial, ao transmitir as celebrações da Catedral e da Matriz, não deixou seus fiéis desassistidos, espiritualmente, ao oferecer-lhes uma peculiar forma de participação nos atos da Semana Santa, chegando ao interior dos lares, que, nas atuais circunstâncias, também se tornaram lugares de culto das famílias. Dessa forma, manteve os diocesanos/paroquianos unidos ao próprio Jesus que disse “onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei ali, no meio deles. (Mt 18,20)”
FELIZ PÁSCOA, irmãos e irmãs em Jesus Ressuscitado!