Benedito Bentes celebra seu padroeiro, São Maximiliano Kolbe

Por Marcos Filipe | Pascom Benedito Bentes1

(Fotos: Pascom Benedito Bentes 1)

O maior bairro da capital alagoana, o Benedito Bentes, celebrou a festa do seu padroeiro São Maximiliano Kolbe, frei polonês, que se tornou um mártir da II Guerra Mundial e um símbolo de devoção e coragem. A programação festiva teve início no último dia 05 e prosseguiu até a última segunda-feira (14).

Em sintonia com a Igreja no Brasil e com a Arquidiocese de Maceió, o tema para a festa foi o 3° Ano Vocacional no Brasil: Vocação – Graça e Missão.

Durante a celebração, o pároco, padre Petrúcio Ramires, compartilhou palavras de inspiração e lembrança: “O Papa João Paulo II, durante a homilia do dia festivo, disse que de modo admirável perdurava na Igreja e no mundo o fruto da morte heróica de Maximiliano Kolbe. São com essas palavras que desejamos meditar e celebrar a festa de nosso padroeiro. Na morte humana de São Maximiliano Kolbe estava o testemunho dado ao Mestre que deve ser seguido por nós: lutar pela dignidade do homem, buscar a santidade e manifestar o amor na sua maior potência”.

A história de São Maximiliano Kolbe é marcada por sua dedicação à fé e sua resistência diante das adversidades. Nascido Raimundo Kolbe em 1894, na Polônia, ele nasceu em uma família operária que o orientou para o seguimento de Cristo. Mais tarde, ele se juntou à família franciscana e adotou o nome de Maximiliano Maria.

No último dia, a programação contou com missa solene presidida pelo pároco e com homilia de Monsenhor Delfino Barbosa, que completou 60 anos de sacerdócio no mês passado, e foi o primeiro padre, após o afastamento de Dom Otávio Aguiar, a cuidar da comunidade.

“Hoje, refletimos o mandamento do amor. Esse foi o legado deixado por Jesus e seguido por São Maximiliano Kolbe”, falou o padre na pregação.

A busca de Maximiliano por espalhar a mensagem de Cristo levou-o a fundar o movimento de apostolado mariano chamado ‘Milícia da Imaculada’. Sua jornada de ensino e evangelização o levou a diferentes países, onde ele usou a imprensa como ferramenta para difundir a fé. Mesmo diante da Segunda Grande Guerra Mundial, ele continuou a pregar e a ajudar os outros, até que sua prisão ocorreu em 1941, quando ele foi levado para Auschwitz, um campo de concentração nazista.

“Somos chamados a seguir esse exemplo, principalmente na atualidade, onde o individualismo é capaz de afastar as pessoas”, disse a senhora Maria Benedita, de 69 anos que anualmente participa da festa, mesmo depois de ter se mudado do bairro.

Foi em Auschwitz que São Maximiliano Kolbe demonstrou um ato heróico de amor e coragem. Diante da sentença de morte de dez prisioneiros, ele se ofereceu voluntariamente para substituir um pai de família. Ele escolheu enfrentar a morte para poupar a vida do pai de família desesperado. Esse ato de sacrifício e caridade se tornou um exemplo duradouro de amor incondicional.