Celebração da Ceia do Senhor dá início ao Tríduo Pascal

Por Maria Cícera – Pascom Arquidiocesana

(Fotos: Thiago Davino/Catedral)

Na tarde do dia 09 de abril, a celebração da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, deu início ao Tríduo Pascal. Dom Antônio Muniz Fernandes presidiu, na Catedral Metropolitana, a portas fechadas, tendo como concelebrantes o reitor da Catedral, Cônego Severino Fernando, e o vigário paroquial, padre Charles Alves.

Durante a homilia, com a presença de um número restrito para transmissão e animação da liturgia, o arcebispo fez uma reflexão iniciando com a explicação de com era celebrada a Ceia na antiguidade judaica.

“A celebração de hoje tem 03 pontos emergentes. Inicio pela Ceia. Uma ceia singular, que acontecia ao por do sol e era celebrada como estamos a celebrar hoje, devido a pandemia; em família ou sozinhos”.

O metropolita destacou também os ensinamentos do apóstolo Paulo e citando-o falou do depósito da fé, de até hoje serem repetidas as mesmas palavras de Jesus na Santa Ceia. Recordando que Paulo, em suas cartas, faz verdadeiras catequeses sobre a Santa Ceia.

“Linguagem de Paulo é uma linguagem antiga, mas que nos traz à realidade:  pão ázimo que consagramos para lembrar a Ceia do Senhor, um vinho que consagramos, um cordeiro que vai ser morto e o seu sangue vai banhar o altar do sacrifício. Este cordeiro é Jesus que vai apresenta-se limpo e sem manchas”, disse Dom Muniz.

Salientou a importância do serviço deixado como ensinamento pelo próprio Cristo ao lavar os pés dos discípulos.

“A Ceia tem como resultado lava-pés quando Jesus diz assim ‘eu fiz e vocês devem fazer o mesmo’. Assim emerge do Evangelho a novidade do ensinamento de Jesus. É isto que recebemos como Igreja, isto que nos devemos proclamar na fé na mesma Igreja”.

Intensificou sua fala ao dizer que não se pode inventar moda ou fórmula nova de celebrar ou de viver os ensinamentos de Jesus Cristo. “Devemos ser fiéis aos ensinamentos e dizer e escrever aquilo que recebemos. Este é o tesouro que está no ‘depósito’ da fé cristã: a Eucaristia”.

Encerrou a homilia pedindo a Deus força e compreensão para os dias atuais e que ninguém perca a esperança, que a as pessoas celebrem, em casa, com fé e esperança todos estes dias do Tríduo e o Domingo de Páscoa.

Após a comunhão eucarística o arcebispo e os padres se dirigiram em silêncio ao sacrário para guarda a reserva eucarística e por, minutos, permaneceram em silenciosa adoração. A partir deste momento a Igreja fica em silêncio e o Altar é desnudado, tirando a toalha e as velas.

As celebrações estão sendo transmitidas diretamente da Catedral ou da capela particular do Arcebispo, pelas mídias da Arquidiocese e rádios Imaculada 95,3FM e Difusora 960AM.