Dom Antônio Muniz Fernandes e Dom Genival Saraiva, bispo emérito de Palmares-PE e vigário geral da Arquidiocese, estiveram presentes.
Por Kleber Nunes | Assessoria regional NE2
Bispos, padres, diáconos, religiosos e lideranças leigas da CNBB NE2 debateram sobre os “Aprendizados, desafios e perspectivas pastorais e missionárias à luz do momento presente e das intuições do Papa Francisco”. O tema foi apresentado nesta terça (20), na 55ª Assembleia de Pastoral Regional, pelo arcebispo de Montes Claros (MG), dom João Justino.
Após fazer uma breve explanação sobre o cenário deixado pela Covid-19 na sociedade até aqui, o arcebispo convidou os participantes do evento a olharem para o legado desses 7 anos de pontificado do Papa Francisco. Segundo dom Justino, os gestos e as palavras do Santo Padre inspiram, mas também desafiam cada membro da Igreja.
“Desde sua eleição, o Papa Francisco já nos falava de solidariedade e seu desejo de ter uma Igreja dos pobres e para os pobres, relembrando São João XXIII. A pandemia escancarou as desigualdades sociais, e como nossas igrejas reagiram?”, questionou dom Justino.
O palestrante destacou alguns episódios e documentos do Papa Francisco e aproveitou para convidar os participantes da assembleia a se perguntarem se estavam agindo de acordo com o pontífice.
Dentre os momentos fortes do papado, que foram discutidos com as lideranças da CNBB NE2, o arcebispo destacou a visita de Francisco aos refugiados em Lampedusa, o encontro com os bispos brasileiros e as exortações apostólicas Evangelii Gaudium e Querida Amazônia, além das encíclicas Laudato Si’ e Fratelli Tutti.
“Outras ações do Papa Francisco também nos provocam como a instituição da celebração do Dia Mundial dos Pobres, que nos convida a ter um olhar misericordioso para o nosso território, entendendo que misericórdia é missão. Houve também a convocação para a Economia de Francisco e o Pacto Educativo Global. Como estamos refletindo essas questões em nossas igrejas?”.
Sinodalidade
No momento de debate, após ouvirem as colocações de dom Justino, os participantes reforçaram a importância da sinodalidade para a caminhada da Igreja nestes novos tempos. De acordo com o arcebispo, esse também é o desejo de Francisco apresentado comoito que seja importante criarmos espaços de diálogos em todas as instâncias para essas pessoas que dizem não à sinodalidade e à preferência pelos pobres”, afirmou dom Justino.
O bispo de Garanhuns (PE) e presidente da CNBB NE2, dom Paulo Jackson, aproveitou a oportunidade e reforçou a convocação para que os participantes, a começar pelos bispos, promova a sinodalidade. “Lembrando que o Regional é um instrumento, a sinodalidade acontece nas dioceses, nas comunidades vivas. Devemos buscar o diálogo e a cultura do encontro para que possamos crescer”, declarou.
Encerramento
A 55ª Assembleia de Pastoral Regional da CNBB NE2 termina nesta quarta (21). O último dia do evento,começará com os padres Josenildo Tavares e Paulo Diniz fazendo a memória das intuições pastorais na última assembleia. Em seguida, o bispo de Caicó (RN) e vice-presidente da CNBB NE2, dom Antônio Carlos Cruz Santos conduz o tema “Na retomada pastoral e missionária do nosso Regional, quais são os elementos que mais sobressaem como apelos?”