Conselho Nacional do Laicato (CNLB) realiza 42ª Assembleia Geral, em Manaus, reunindo a maior diversidade de carismas, movimentos e organismos da Igreja no Brasil

A 42ª AGO do CNLB em Manaus além de aprovar um novo estatuto refletiu também sobre direitos humanos, a educação pública, apoio aos povos indígenas e engajamento dos cristãos leigos e leigas, aprovando cartas e moções.

Por João Lemos/com informações do CNLB

[fOTOS: Cortesia]
Entre os dias 30 de maio e 2 de junho de 2024, Manaus/AM foi palco da 42ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB). Com o tema “Cristãos Leigos e Leigas, Testemunhas do Reino” e iluminados pelo lema bíblico “Quanto a nós, não podemos nos calar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20), o evento reuniu 165 representantes dos 19 Regionais e 11 Organizações Filiadas do CNLB.

Durante a AGO, houve rodas de conversa, análise de conjuntura, retiro e plenária para apreciação e votação do novo estatuto que regerá a entidade durante os próximos anos. Um dos momentos marcantes foi à celebração eucarística e procissão de corpus Christi realizada no centro da capital amazonense com a presença dos fiéis leigos locais e dos participantes da assembleia. Dom Zenildo Lima, bispo referencial do laicato do Regional Norte 1, lembrou como a Igreja da Amazônia tem rosto do Povo de Deus, com forte liderança laical e feminina. Francisco Pinheiro Meireles, presidente do CNLB Norte 1, manifestou a alegria de receber esta AGO e agradeceu a todas as equipes que contribuíram para a sua realização.

Em uma carta aos cristãos leigos e leigas do Brasil, o CNLB reforçou a importância da participação ativa na sociedade e na Igreja. A carta faz um chamado à consciência ecológica e ao engajamento nas eleições municipais, promovendo candidatos que defendam a vida, os direitos humanos e a justiça climática. O documento também celebra a união e a diversidade do laicato, destacando a missão de dar testemunho profético das realidades vividas. A assembleia também aprovou uma moção de apoio aos povos originários do Brasil e ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em outra moção, manifestou seu repúdio ao Projeto de Lei 2253/22, que restringe a saída temporária de presos, em mais uma carta, direcionada ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, o CNLB expressou sua preocupação com a possível privatização do ensino público no estado, destacando a necessidade de um debate mais amplo com a sociedade antes de qualquer mudança estrutural.

Junto aos representantes do Regional NE2 estiveram presentes os alagoanos, João Lemos e Rejane Gaia, ambos da Arquidiocese de Maceió. A 42ª AGO se insere no itinerário do jubileu de 50 anos do CNLB que será celebrado em 2025 no Santuário Nacional de Aparecida, a Igreja da Amazônia, inserida no caminho da sinodalidade, aponta caminhos para a missão dos cristãos leigos e leigas e de toda a Igreja no Brasil.