Devemos acolher o silêncio de Deus”, diz arcebispo em homilia de Pentecostes

Dom Antônio Muniz agradeceu a ajuda das paróquias para os desabrigados da chuva, pois foi recolhido cerca de 8 mil quilos de alimentos.

Por Marcos Filipe Sousa | Pascom Arquidiocesana

(Fotos: Central – cortesia || Capa e texto: Caroline Alencar e Laís Sandes )

A programação vespertina do Encontro de Pentecostes realizado neste domingo (05), no Ginásio do Sesi, foi marcada pela homilia do arcebispo metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, sobre o “silêncio de Deus”.

“Pentecostes também é a festa do silêncio, assim como Maria e os apóstolos no cenáculo, aguardamos a presença do paráclito prometido por Jesus ressuscitado. Para Deus, o mais profundo silêncio é louvor, como diz o salmista”, iniciou.

E continuou: “Quantas vezes Deus está em silêncio? Silêncio que às vezes maltrata. Dói muito porque a gente se sente desprezado, como diz Castro Alves: Deus! ó Deus! onde estás que não respondes? Há dois mil anos te mandei meu grito, que embalde desde então corre o infinito…Onde estás, Senhor Deus?”.

“Apesar de nos sentir abandonados, é neste momento que Ele age. Deus nunca nos esquece e sabe os desejos dos nossos corações”, colocou.

O metropolita também agradeceu as duas campanhas que estão ocorrendo na Igreja de Maceió: de alimentos para os desabrigados da chuva e do muro de contenção do Santuário da Virgem dos Pobres, na Mangabeiras. “Deus abençõe a generosidade de cada um de vocês”.

No encerramento do Encontro de Pentecostes foi anunciado que cerca de 8 mil quilos de alimentos foram arrecadados e foi realizado, pelo metropolita, o sorteio de 02 carneiros para ajudar na construção do muro de contenção do Santuário.

Fonte de Água Viva

Padre Elison Silva, da paróquia universitária de Santa Terezinha, foi o pregador do horário. Ele iniciou questionando as pessoas: “Quem tem sede de Esperança? Sede da Verdade? Sede de Deus?”.

O sacerdote lembrou que Jesus é a Água Viva que sacia a sede da alma do homem. “Essa fonte brota do Batismo, da Eucaristia, e nos transforma em um templo novo. Estamos aqui para buscar essa fonte e renovar a Igreja”.

“Somos a força de Deus, onde nada e ninguém pode deter a força do coração. Nada cala a Igreja de Cristo”, completou.