| Thiago Aquino / Pascom Arquidiocesana
Nesse 34º Domingo do Tempo Comum (22) foi celebrada a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo, que encerra o Ano Litúrgico. A Igreja no Brasil também comemorou o Dia Nacional do Cristão Leigo e Leiga. Em Maceió, o arcebispo metropolitano Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm., presidiu a Missa no Santuário Virgem dos Pobres, em Mangabeiras.
A Missa foi concelebrada pelo padre Luiz Antônio do Nascimento, transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese de Maceió e contou com intérprete de Libras. Representantes de grupos, movimentos e pastorais, além de membros do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), estiveram presentes para celebrar também o Dia do Leigo.
Durante a homilia, o arcebispo relacionou a figura de Cristo Rei presente no Evangelho de São Mateus (Mateus 25,31-46) com o título do Bom Pastor, também apresentado na liturgia por meio do Salmo 22. “Jesus passou a vida fazendo o bem, não só curando as feridas das almas, mas também curando as feridas do corpo, verdadeiro pastor. Pedro viveu com esse pastor, mas São Paulo que ouvimos na carta aos Coríntios no dia de hoje não viu Jesus com seus próprios olhos, mas viu Jesus através da fé, passou a esperar por este verdadeiro pastor, por este que viria sarar as almas, as feridas, enfaixar a ovelha ferida, juntar as ovelhas e não dispersá-la para que houvesse só um redil e um pastor”, disse.
O funcionamento do reinado de Jesus é diferente, defendeu, Dom Antônio Muniz: “Hoje na festa de Cristo Rei a gente vai escutar a voz de um pastor que vai chamar as ovelhas de uma forma diferente. Ele vai separar as ovelhas dos cabritos e as ovelhas que estão do seu lado direito, ele vai proferir uma palavra simples, que está muito mais na esperança do que na evidência: vinde benditos do meu pai, porque eu estava com fome e você me deu de comer, eu estava com sede e você me deu de beber, eu morava na rua e você fez por mim…”.
Trazendo a reflexão para os dias atuais, o pregador citou o problema do preconceito e do racismo. “Infezmente, no Brasil é evidente o racismo. O Evangelho nos dá uma resposta no dia de hoje. Jesus vai nos dizer: ‘aquilo que você fez ou deixou de fazer ao menor dos meus foi a mim que me fez ou deixou de fazer’. É necessário lembrar que Jesus vai tomar satisfação no último dia diante de nós. É no outro, pelo qual não fazemos o bem, que está escondida a figura de Jesus, é no pobre massacrado que encontramos o Rei do Universo”, pontuou o arcebispo.
Como gesto concreto, Dom Antônio Muniz sugeriu que os fiéis voltassem o olhar para realizar o bem ao próximo e citou o projeto Geladeira Solidária, que voltou a funcionar no Santuário. Qualquer pessoa pode doar alimentos e inserir na geladeira para que as pessoas necessitadas se dirijam ao locam e peguem o alimento. “Que possamos ser o copo d’água que a gente tenha oferecido a quem está com sede. Teremos a recompensa pelo o pão que oferecemos. Quando você deixa um sanduíche na Geladeira Solidária e ajuda alguém que você nem sabe, um gesto silencioso, Jesus saberá. Que Deus nos dê a coragem para bem viver a vida”, enfatizou.