Dom Henrique Soares foi um grande semeador da fé, diz arcebispo de Maceió em missa neste domingo (19)

Por Marcos Felipe Sousa | Pascom Arquidiocesana

Neste domingo (19), a Arquidiocese de Maceió se uniu com a Diocese de Palmares-PE, e demais católicos para rezar pela alma de seu filho, Dom Henrique Soares, falecido no sábado (18).

O arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, O.Carm., presidiu durante a manhã, a missa em sufrágio de sua alma pelas redes sociais da Igreja de Maceió.

O metropolita lembrou que foi de suas mãos, que Dom Henrique Soares recebeu a sagração episcopal. “É meu filho espiritual, meu primogênito entre as sagrações que fiz. Gerado pelas minhas mãos porque foi ele quem me escolheu”.

E recordando o trecho do Evangelho de Mateus neste dia, o arcebispo fez um paralelo com a vida de Dom Henrique na homilia. “Um bispo jovem e como um grão de mostarda, Deus o escolheu para ser lançado na terra para florescer”.

“Uma vida de semeador”, também disse Dom Antônio, recordando a parábola. “Semeou na internet, nas mídias sociais, defendendo a fé, a Igreja, mostrando os pontos importantes. Foi um grande semeador!”.

O arcebispo rendeu graças ao Pai pela vida do seu filho e irmão no episcopado e pediu que o povo fizesse o mesmo em meio à saudade e tristeza do momento.

Dom Henrique Soares da Costa faleceu na noite deste sábado (18), aos 57 anos. O religioso veio a óbito após complicações causadas pela Covid-19. Ele estava há 14 dias internado na UTI do Hospital Memorial São José, no Recife, onde deu entrada com um quadro de crise respiratória provocada pelo novo coronavírus. Na última quinta-feira (17), o bispo apresentou cansaço e queda na oxigenação sanguínea. Por causa do quadro delicado, o religioso precisou ser entubado.

Vida de Dom Henrique Soares

Dom Henrique Soares da Costa nasceu no dia 11 de abril de 1963 em Penedo, Alagoas. Aos 18 anos de idade ingressou no Seminário de Maceiro e em 1984 concluiu o bacharelado em filosofia pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

No período de 1985 a 1989 foi noviço no Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro, e no Mosteiro Trapista de Nossa Senhora do Novo Mundo.

Regressou para o Seminário de Maceió, em 1990 onde iniciou a faculdade de Teologia. No ano seguinte, foi para Roma e concluiu a Teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, com mestrado em Teologia Dogmática.

Foi ordenado sacerdote no dia 15 de agosto de 1992. Como sacerdote, foi reitor da Igreja Nossa Senhora do Livramento, em Maceió, de 1994 a 2009 foi professor de teologia no Seminário Provincial de Maceió e no Curso de Teologia do Centro de Estudos Superiores de Maceió. Também foi professor no Instituto Franciscano de Teologia, em Olinda (PE), e no Instituto Sedes Sapientiae, no Recife.

Foi membro do Conselho Presbiteral da Arquidiocese de Maceió, do Cabido Metropolitano e do Colégio de Consultores. Ainda foi Vigário Episcopal para os leigos e coordenador da Comissão de Formação Política e responsável pelos diáconos permanentes e pela escola diaconal arquidiocesana.

Em 1º de abril de 2009 foi nomeado pelo Papa Bento XVI como bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju. Foi ordenado bispo no dia 19 de junho de 2009, por dom Antônio Muniz Fernandes, Arcebispo de Maceió. Seu lema episcopal era “In Christo Pascere” (“Apascentar em Cristo”).

No dia 19 de março de 2014, o Papa Francisco o nomeou bispo da Diocese de Palmares. No Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2) era presidente da Comissão Regional Pastoral para Cultura e Educação.