Durante celebração, Dom Antônio reforça isolamento social e cuidado com idosos

Arcebispo reforça que o Decreto da Arquidiocese, emitido dia 20 de março, segue em vigor.

Por Fillipe Lima / Pascom Arquidiocesana

 

(Foto: Michairon Mendonça)

O arcebispo  metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, celebrou a Missa do 5° e último domingo da Quaresma nesta manhã, 29, e confirmou suas recomendações de preservação a quarentena aos padres e fiéis de nossa Arquidiocese.

O metropolita pediu aos fiéis que o acompanharam na celebração, que foi transmitida pela Pastoral da Comunicação (Pascom) pelas redes sociais Facebook e Instagram, rezassem pelos trabalhadores do sistema prisional e também pela população carcerária.

“Voltemos nossos corações àqueles que estão detidos, aos agentes penitenciários e todos aqueles que trabalham naqueles locais para que estes sejam preservados da contaminação do vírus”, clamou o arcebispo.

Dom Antônio Muniz, em seguida, falou sobre suas recomendações para que os padres da Arquidiocese de Maceió e, também, os fiéis sigam o isolamento social, respeitando o decreto arquidiocesano, emitido dia 20 de março, e o decreto do governador de Alagoas, que estendeu a quarentena por mais oito dias.

“Temos que viver nossa piedade como ensina o Papa Francisco. O padre celebrando sozinho e os fiéis comungando espiritualmente. Nada de sair da Igreja. Isto está proibido pela Igreja e também pela ordem cível. Acompanhemos as celebrações através das Pascom’s paroquiais. Vamos com a alegria espiritual e confiantes, porque se ‘Deus é por nós, quem será contra nós?’ Eu e minha casa serviremos ao Senhor na Igreja Doméstica”, recomendou o arcebispo.

Durante sua homilia, Dom Antônio meditou sobre a passagem do capítulo 11 do Evangelho de São João, que narra a ressurreição de Lázaro através de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Quando relataram a Jesus sobre a morte de Lázaro, havia passado quatro dias. E estamos na quaresma e vivendo uma quarentena. Lázaro estava morto e sepultado, mas dentro do limite do ser humano que é visto sempre a partir dos números, sejam eles 4, 40, 400… É a cadência deste número que a humanidade segue presa por uma pedra e Jesus começa a removê-la dia a dia. Quem vai tirar a pedra do nosso coração? Jesus disse: eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim não morre nunca. E nós, dizemos o que nos dias de hoje?”, refletiu.

Dom Antônio seguiu dizendo que “vivemos aprisionados naquilo que nós mesmos fabricamos. É triste a nossa condição humana e ao mesmo tempo revela que Jesus enxerga além de tudo isto. Além desta prisão, Ele enxerga a ressurreição”, pontuou.

Ao final da Celebração Eucarística, o Arcebispo direcionou sua preocupação com os fiéis idosos da Arquidiocese e afirmou, ainda, que nesta semana passará orientações de como o clero deve proceder nas celebrações durante a Semana Santa, período mais forte de nossa fé Católica.

“Gostaria de chamar a atenção da Pastoral da Pessoa Idosa para que os dirigentes entrem em contato com os nossos idosos para saber se há alguma urgência de forma que não coloque em perigo as vidas das pessoas. Portanto, que possamos cada vez mais sensibilizar para que todos fiquem em casa. É o que a gente orienta que todo o contato seja feito pelo telefone e que a Igreja possa dar assessoria e a presença de um modo diferente. Vamos durante esta semana, vamos fazer uma vídeo conferência com nossos padres para definirmos os pontos a respeito da celebração, em privado, da Semana Santa”, finalizou.