“Em cada missa, celebramos o amor”, disse Dom Beto na Missa da Ceia do Senhor

Por Marcos Filipe | Pascom Arquidiocesana

(Fotos: Wanderlan Velozo | Pascom Arquidiocesana)

A Santa Missa da Ceia do Senhor, na Catedral Metropolitana de Maceió, no Centro da cidade, foi celebrada na noite dessa Quinta-Feira Santa (28) e foi presidida pelo Arcebispo Coadjutor, Dom Carlos Alberto Breis, OFM.

Na homilia, Dom Beto iniciou com a seguinte história: “Em uma cidade, nos anos 50, na Alemanha, um senhor rico veio a falecer. Ele deixou dois testamentos, o primeiro deveria ser aberto após a sua morte, e o segundo após seu sepultamento. No primeiro: eu quero ser sepultado às 5h da manhã no rigoroso inverno. Apenas quatro amigos fiéis estiveram presentes. No segundo testamento, os bens que ele tinha deveriam ser distribuídos de forma igual àqueles que estiveram no sepultamento”.

E continuou: “Hoje, lembramos o testamento de Jesus: fazei isto em memória de mim. Na véspera de sua morte, o Senhor nos deixa um memorial, uma atualização. Muitas pessoas não acolhem esse mandamento e perdem o tesouro que é a Eucaristia”.

Ele relembrou que alguns católicos dizem “eu vou cedo para me livrar da missa”, como se fosse um fardo, um peso, está na Igreja.

“Onde existe amor, há o desejo do encontro. A Eucaristia deve ser compreendida nesta perspectiva. Cada missa que estamos, celebramos esse amor e voltar para casa inflamados”.

Disse também que participar do banquete da missa é seguir a atitude de Jesus. “Ele se curva para lavar os pés e Pedro não entende. O que celebramos não é apenas um culto, um rito, mas se tornar uma vida eucarística, uma forma de vida que é feita de corpo entregue, vida doada aos irmãos. Quem não faz isso, não celebra dignamente a Eucaristia, não aprendeu a lição”.

Após a reflexão do Evangelho, assim como Jesus realizou com os apóstolos com humildade e servidão, aconteceu o Rito do Lava-pés da Missa da Ceia do Senhor.
Depois da Eucaristia, o Santíssimo Sacramento foi levado em procissão até à Igreja de Nossa Senhora do Rosário onde ficou exposto em vigília. A devoção particular como o culto público ao Santíssimo deve estar no prolongamento daquilo que celebramos na liturgia eucarística: o mistério da morte-ressurreição do Senhor. Somos permanentemente chamados a viver na intimidade da comunhão com Ele.

Após a adoração, Dom Beto, os concelebrantes, cônego Elison Silva e Pe. Adriano Mendes, e seus auxiliares se retiraram em silêncio, e foi realizada a denudação do altar. A celebração termina sem bênção final, convidando a todos os devotos a um recolhimento orante.