“Esta celebração é do amor e serviço de Cristo”, diz vigário-geral na missa da Ceia do Senhor

Por: Marcos Filipe – Pascom Arquidiocesana


Rito do Lava-pés, durante a Quinta-feira Santa – Missa da Ceia do Senhor (Fotos: Carlos Roberto – Pascom Arquidiocesana)

A Missa da Ceia do Senhor na Catedral Metropolitana de Maceió foi celebrada na noite desta quinta-feira Santa (6) e presidida pelo vigário-geral da Arquidiocese de Maceió, Dom Genival Saraiva.

É neste momento litúrgico que inicia o Tríduo Pascal, e nos recorda como Jesus nos agraciou com a instituição da Eucaristia, o Sacerdócio ministerial e o mandamento do amor.

Na homilia, o Dom Saraiva recordou que a celebração tem o grande significado de expressar a comunhão e a unidade da Igreja.

“A Ceia do Senhor, esse momento, foi culminado quando Cristo quis celebrar a Páscoa com seus discípulos, da mesma forma que os antigos judeus, como vimos na primeira leitura do livro do Êxodo. Contudo, para Jesus, a Páscoa já não foi celebrada como no rito antigo judaico. Tornou-se a Páscoa da nova aliança, quando Ele é o cordeiro que se oferece ao Pai, quando derrama seu sangue para a salvação da humanidade, quando transforma aquele pão e vinho no seu corpo e sangue”.

Ele continuou a catequese, explicando que o ato de Jesus foi um gesto revolucionário. Cristo, considerado mestre, desconcerta os apóstolos quando vai lavar os pés deles, em um gesto insperado e nem aceito por Pedro.

“É a celebração do amor do serviço de Cristo. Amor por ser a doação Dele mesmo a todos nós na Eucaristia e no sacerdócio. E o serviço Dele mediante o gesto do lava-pés”, colocou.

“Isso continua acontecendo em cada missa. É o próprio Jesus que continua dizendo: tomai todos e comei. Tomai todos e bebeis. No momento da consagração tomem consciência disso”.

O serviço, recordou o vigário-geral, também é continuado na vida de cada cristão: “Qual a última vez que você lavou os pés de alguém? A última vez que você fez algo em favor de alguém? Esse foi seu lava-pés.”

“Amor e serviço. Guardemos essas duas palavras. E procuremos entender que elas no nosso dia a dia não podem deixar de existir”, finalizou.

No gesto litúrgico, o sacerdote lavou os pés de doze membros da Comunidade Católica Shalom.