Festividade aconteceria em maio, mas teve que ser adiada devido a pandemia
Aline Saphier – Pascom NSF
Na última terça-feira (13), foi celebrada, na paróquia Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Feitosa, em Maceió, duas missas votivas a padroeira. A festividade que ocorreria em novena em maio, teve que ser adiada devido a pandemia, e foi celebrada em tríduo do dia 10 a 13 de outubro, encerrando com grande carreata.
O mês não foi escolhido ao acaso. Acontece que foi em outubro que aconteceu a última aparição de Nossa Senhora em Fátima – Portugal, em 1917. Desta forma, já que não poderiam celebrar a festa da padroeira na data de sua aparição, a festividade aconteceria na sua última aparição.
Durante os quatro dias de festividade (três de tríduo e um de encerramento), marcaram presença na festa presidindo as celebrações, Pe. Gilmar Custódio (dia 10), Pe. Francisco Guido – pároco (dia 11), Pe. Augusto Jorge (dia 12) e o Arcebispo Dom Antônio Muniz, encerrando as festividades.
Dentro da igreja, um número reduzido de fiéis que conseguiram chegar cedo, garantiram seu lugar. Mas na parte externa, a praça estava repleta de devotos, mas sempre respeitando o distanciamento e o uso obrigatório da máscara. E quem não podia sair de casa, deu um jeito de ir até o local, e assistir de dentro do carro, através do telão.
“A gente chegou cedo, mas não entramos porque Adriana está operada. Mas a gente ta achando maravilhoso, estamos amando a festa e vamos ficar até o fim, em nome de Deus e de Nossa Senhora de Fátima. A pessoa mais iluminada está aqui, a Adriana teve uma doença autoimune, e ela é sinônimo de fé, luz e superação. Ela é um milagre!” disse emocionada, Thaise Cavalcante, se referindo a amiga que estava no banco de trás do carro.
É impossível citar Nossa Senhora de Fátima e não ligá-la ao milagre. Ela foi o próprio milagre da luz. E assim foi a homilia do último dia de festa. Dom Antônio Muniz falou dos milagres que aconteceram em Fátima, sobre as aparições e sobre os pastorinhos.
“(…) então, eles vão aprender, na sua simplicidade. Lúcia vai apontar qual o caminho de oração constante. Eles quando presenciaram no dia 13 de maio, eram muito fraquinhos, inclusive de oração. Lúcia era a mais velha, era quem sabia mais, era quem interpretava. Jacinta muito pequenininha, perguntava tudo a Lúcia, até o que a Virgem dizia. Ela dizia assim: “Eu não entendi, Lúcia, o que foi que ela disse”. Então, ela dizia o que tinha acontecido lá.” Explicou o Arcebispo, num breve relato sobre a vida dos pastorinhos.
Por sua vez, o pároco Pe. Francisco Guido se diz feliz e grato por tudo o que aconteceu no tríduo. “Foram dias muito especiais e marcantes pra nós. E eu só tenho a agradecer a cada um dos fiéis que se fizeram presentes seja fisicamente ou pelas redes sociais, que a benção de Deus da virgem Maria nossa mãe, esteja sobre vocês.”
A festa encerrou com uma grande carreata pelas ruas do Feitosa, onde o andor carregando Nossa Senhora de Fátima visitou as quatro comunidades da paróquia: Sagrada Família, Santa Luzia, Santa Paulina e São José (este no bairro do São Jorge). O objetivo foi levar a bênção de Nossa Senhora para os quatro cantos das comunidades as quais ela administra. O momento reuniu carros e motos e ao retornar para sede, houve a bênção final, antecedida de uma breve adoração ao Santíssimo Sacramento.
A celebração foi transmitida ao vivo pelas plataformas youtube (Padre Francisco Guido) e instagram (paroquiadefatimafeitosa). Em sete meses já está marcada a novena de Nossa Senhora de Fátima, desta vez, em celebração ao seu dia, 13 de maio.
Nossa Senhora de Fátima Invocação mariana atribuída à Virgem Maria, que surgiu após relatos das aparições reportadas por três pastorinhos, na cova da Iria, em Fátima, Portugal. De acordo com os testemunhos das três crianças videntes de Nossa Senhora, a primeira aparição da Virgem Maria teria ocorrido no dia 13 de maio de 1917 e o fenômeno repetiu-se durante seis meses seguidos, sempre no dia 13 (excetuando-se o mês de agosto, em que ocorreu a dia 19), até 13 de outubro de 1917.