Muitos fiéis compareceram neste domingo (21) mais uma Missa da Misericórdia, que foi realizada no Santuário da Divina Misericórdia São João Paulo II e Beata Irmã Dulce, no bairro do Vergel do Lago, na parte baixa de Maceió.
A missa foi realizada, excepcionalmente, no terceiro domingo do mês em decorrência das eleições e também pela festa litúrgica de São João Paulo II, co-padroeiro do santuário.
O evento foi iniciado às 15 horas com animação e a oração do Santo Terço e o Terço da Divina Misericórdia. Em seguida, foi realizada a Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Calmon Malta.
Em sua homilia, o celebrante refletiu sobre o alerta feito pelo Papa Francisco com relação ao mundanismo espiritual, que tem afastado os cristãos do caminho da fé.
“Nós não podemos deixar esse pensamento mundano tomar conta de nossa alma, pois ele enfraquece nossa fé. Por quantas vezes nós achamos pesada a nossa cruz e achamos muito mais fácil abandonar o caminho rumo ao céu porque não estávamos mais conseguindo e estamos desanimados. Só quando fizermos o movimento de irmos na direção do Trono de Deus é que iremos mergulhar na misericórdia do Senhor e experimentamos o bálsamo do amor de Deus”, afirmou.
Padre Calmon reforçou ainda que é preciso entender que Deus como Criador e Senhor e não como servo.
“As vezes nós nos dirigimos a Deus como se Ele fosse nosso servo. Nós pedimos alguma graça e muitas vezes nós ordenamos que Ele nos atenda. Mas é preciso entender que Ele é o Senhor e o tempo desta graça que pedimos não é nosso, mas sim d’Ele. Muita vezes Deus testa nossa fidelidade. Tem muita gente que pede, é atendido, mas abandona a Deus. Por isso que tantas vezes Deus demora a nos atender, pois Ele nos quer sempre fieis”, explanou.
Por fim, Padre Calmon falou sobre a visita histórica de São João Paulo II a Maceió, em 1991. Na época, Dom Edvaldo Gonçalves Amaral – bispo emérito da Arquidiocese de Maceió – foi o responsável pela vinda do, então Santo Padre, à capital alagoana.
“A vinda de São João Paulo II para nossa cidade não foi coincidência, foi providência. Dom Edvaldo soube que o Papa não viria para nossa cidade, mas ele foi inspirado a bater de porta em porta para que o Santo Padre ouvisse ele para que Pedro pudesse vir a nossa terra, porque o nosso povo estava precisando desta bênção. E isso foi muito importante para esta cidade. E hoje, depois de 27 anos, temos este santuário aqui, onde estamos reunidos e celebrando a Cristo e sua Misericórdia”, finalizou.
Ao fim da partilha da Eucaristia, o Padre Calmon expôs o Santíssimo Sacramento e fez uma pequena procissão entre os fieis, que puderam sentir, ver e tocar Jesus Sacramentado de perto.
A próxima Missa da Misericórdia será realizada no próximo dia 4 de novembro, no Santuário da Divina Misericórdia São João Paulo II e Beata Irmã Dulce, no bairro do Vergel do Lago, em Maceió.
Fillipe Lima – Pascom Arquidiocese de Maceió