Foi oficializada no último domingo, 14 de novembro, a Associação Brasileira de Médicos Católicos (ABMC), com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A organização com os profissionais de saúde surgiu da articulação de entidades diocesanas que prepararam o 4º Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, realizado de 12 a 14 de novembro, em Brasília (DF). O bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, esteve presente na cerimônia de criação da ABMC. Para ele, com a associação em nível nacional, “espera-se que a conexão entre a medicina e a fé cresça ainda mais”.
Dom Joel destacou aos médicos o caráter da CNBB como “um órgão de comunhão e de serviço” e que sua atuação busca criar e fortalecer essa comunhão na Igreja com diversos setores da sociedade e também profissões.
“A união de forças, numa articulação em rede é caminho privilegiado para que o trabalho ocorra respeitando as diferenças, mas em comunhão. Essa atitude é profundamente evangélica. Isso já ocorre em outras situações e agora, chegou a vez dos médicos católicos. Já existem as associações em nível de estado. Agora, com a associação em nível nacional, espera-se que a conexão entre a medicina e a fé cresça ainda mais”, comentou.
Na relação com a CNBB, a ABMC estará vinculada – como organismo de comunhão – à Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. Em breve, após escolha pela Presidência a partir de lista tríplice, serão divulgados os nomes do bispo referencial e do assessor.
Os participantes do evento escolheram os membros da diretoria da associação:
– Dr Pedro Spineti (Diretor Presidente)
– Dr Alberto Siqueira (Diretor Vice-presidente)
– Dr Antonio Carlos de Souza (Diretor administrativo)
– Dr Franco Scariot (Diretor financeiro)
– Dr Fernando Luiz Maia (Diretor científico)
– Dr João Ferreira Brito Filho (Diretor de Comunicação)
– Drª Monica Cardoso (Diretora de Integração Regional)
O presidente escolhido, Pedro Spineti, da Associação dos Médicos Católicos do Rio de Janeiro, avaliou a concretização da ABMC como um sonho que se torna realidade. “Desde estudante, lá no 3º Congresso Latino Americano, no Rio de Janeiro, já se falava em uma associação nacional”, lembrou.
Segundo ele, a Pastoral Universitária e o Grupo de Oração Universitária trabalhavam em seu período de estudante “a questão de um sonho de ver a sociedade transformada e renovada por profissionais que experimentaram a graça de Deus em suas vidas”.
“Agradeço a cada um daqueles que contribuiu conosco nas suas noites de domingo, que deu suas contribuições nesse estatuto, a cada um que atua na sua diocese com evangelização dos médicos e que tem esse sonho de ser um médico diferente, de viver integralmente a sua vocação e missão de médico católico levanto o testemunho de Cristo dentro da sociedade, especificamente dentro de nossos locais de trabalho”, disse Spineti.
O Congresso
Adiado por conta da pandemia do novo coronavírus, o 4º Congresso Brasileiro de Médicos Católicos foi realizado entre os dias 12 e 14 de novembro, em Brasília (DF). Com o tema “Vocação e missão do médico católico“, o evento reuniu representantes de 12 Associações Diocesanas de Médicos Católicos, além de grupos médicos católicos e lideranças médicas e eclesiais. O arcebispo de Brasília (DF), dom Paulo Cezar Costa; o bispo auxiliar de Brasília dom José Aparecido Gonçalves Almeida; o assessor da Comissão Vida e Família da CNBB, padre Crispim Guimarães; e o presidente internacional da Pastoral Criança, Dr. Nelson Arns Neummann, estiveram entre os participantes.
Foram realizadas atividades presenciais na paróquia Nossa Senhora da Esperança, no bairro da Asa Norte, em Brasília, e também de forma virtual. O evento idealizado e promovido pela Associação de Médicos Católicos da Capital Federal contou programação científica na modalidade presencial e online, com atividades de Conferências, seguidas de debate; Mesas Redondas com múltiplos participantes; e Colóquios, com sustentação oral dos debatedores.
Segundo os organizadores, a temática do Congresso e as discussões enfatizaram “a atuação do médico católico na atenção à saúde, na docência, em sua responsabilidade social, na defesa e promoção da vida, nos temas médicos contemporâneos e complexos, nas questões atinentes ao início e ao fim da vida, com abordagem bioética personalista”. Houve também programação científica dirigida aos estudantes de Medicina, além de debate sobre o papel das Associações de Médicos Católicos.
