Estamos iniciando o Tempo do Advento e o Mons. Rubião Lins Peixoto nos ajuda a viver este tempo com a presença de Maria.
[ARTIGO] Por Mons. Rubião Lins Peixoto | Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – Gruta
Advento significa esperar. Após o pecado de nossos primeiros pais, o Antigo Testamento se resume aquele brado que saia dos corações dos patriarcas e profetas, “Céus mandai-nos o vosso orvalho, abra-se a terra e dê-nos o Salvador” (Isaias 45,8).
O plano salvífico de Deus dependia do momento em que viesse a luz, “Aquela que haveria de dar a Luz” (Miq 5, 2). Tal citação bíblica, é a espera de Maria da qual nasceria o Salvador. Foi preciso que a Virgem acontecesse na História. A primeira mulher, Eva, não foi fiel. Mas Maria dirá “Faça-se em mim”. A treva na teologia é símbolo do pecado, pois o próprio pecado é treva, e a Redenção é nossa iluminação.
Advento é prenúncio de um novo dia, a salvação que virá. Todo dia tem um amanhecer, voltemo-nos para a Aurora Boreal, fenômeno da natureza. Comtemplemos as duas cores: roxo lilás e a roseo ambas revestem a liturgia, Deus se manifesta em sua ação criadora e o homem procure fazer a leitura espiritual do acontecimento. As duas cores na liturgia do Advento nos falam sobre: a penitência e a alegria. Penitência para preparar-se para a vinda de Cristo. João Batista nos diz: “Fazei penitencia”. O roseo nos diz, “Alegrai-vos, Ele está em perto”.
Na aurora boreal, aparecem o roxo e o roseo. Em seguida é a estrela da manhã e finalmente o sol. Os Santos Padres, deixou-nos escrito: “Comtemplemos Maria como aurora da salvação, dEla nasce o Sol Invicto que é Jesus Cristo”. Os magos virão para o Natal guiados pela estrela. A Igreja na recitação do Credo, assim afirma: “Nascido de Maria Virgem”.
Quando comtemplarmos o Menino, digamos: Ó admirável conúbio, o divino se fez homem, para que a humanidade se divinizasse. Celebrar o Advento é rever a própria vida buscando o sacramento da reconciliação, buscando mais a oração e ir em busca do irmão no qual está a Pessoa Divina de Jesus Cristo, “O que fizermos aos outros, fazemos a Ele”. Não vamos comemorar o Natal, porque não é uma lembrança, mas celebremo-lo ontem, hoje e amanhã. A respeito dos Divinos mistérios, a liturgia afirma, o eterno hoje.