Por Carlos Roberto | Pascom Arquidiocesana
Na noite desta segunda-feira, 26, foi celebrada a Missa de 7º dia em memória da irmã Maria Catapano, religiosa do Instituto Pobres Filhas da Visitação de Maria, que faleceu em decorrência de complicações da Covid-19. A Celebração aconteceu na Catedral Metropolitana e foi presidida por Côn. João Neto e concelebrada por padres que passaram pela Paróquia Sagrada Família de Nazaré e que conviveram com a religiosa, que viveu 19 anos da sua vocação em Maceió.
Antes do início da Santa Missa, a Irmã Almira leu um biografia da religiosa, enviada pela família; que nasceu em setembro de 1953, na cidade de San Giuseppe Vesuviano, em Nápoles – na Itália, onde iniciou a vida religiosa, até receber o convite da Madre Geral do instituto para vir ao Brasil para assumir a Missão de Formadora e Responsável do instituto.
Cônego João Neto também saudou a família da Ir. Maria, que acompanhou a transmissão através das redes sociais, na Itália, como demais irmãs de Instituto, amigos e amigas. “É verdade que o nosso coração está transpassado pela morte da Irmã Maria, mas também é verdade que somos sustentados pela certeza da vida eterna e pela consciência de que ela já contempla o rosto do seu Esposo, Jesus, e que um dia, todos nos encontraremos”, disse o presidente da celebração.
Na homilia, padre Tito Regis lembrou do dia que acolheu a religiosa quando chegava para assumir a formação. Iniciou a homilia fazendo comparação a comunidade de Betânia, onde Jesus passou, no Monte das Olvieiras e a Casa de Ester, uma das casas administrada pelas religiosas do Instituto.
Traçou como era a vivência com a Ir. Maria, que era “simples, caridosa e que ganhava seu respeito a cada dia que vivia, portadora de um amor puro traduzido de um aconchego maternal, que fazia da casa de formação tão extensa, todos identificados com ela que assumia as doçuras aquela mulher como mestra, que mesmo ensinava quando estava calada”, disse o sacerdote.
“Toda a sua vocação estava a Serviço da Igreja para corresponder a tudo que a Igreja lhe Pedia, de modo a viver uma extrema comunhão com o que se passava e acontecia na Igreja de Maceió, não era uma presença passiva, acomodada, mas uma presença significativa e marcante, que tinha empolgação por aquilo que fazia e entendia que se fazia necessário a proximidade de seus pastores.”
“Quando soube de sua morte comecei a rezar e confrontar com alguns outros irmãos que partiram, cheguei a dizer a Jesus: o mapeamento da Igreja de Maceió seguiu critérios que humanamente nunca seriam traçados por nós. Levastes figuras, irmãos de uma contribuição tão nobre, como Dom Henrique Soares, padre Nilton Marques e Mons. Geraldo Villas Boas, levaste nossa irmã Maria, que ressoava uma explicação: ele queria os melhores. Se eles um dia foram um presente de Deus para a terra, hoje com convicção é um presente da terra das Alagoas para o céu.” concluiu padre Tito Régis.
Ao final da celebração foram feitas algumas homenagens, como padre Fernando Bezerra, que lembrou o primeiro contato que teve com uma freira, que foi uma pobre filha, irmã Conceição, que foi a sua comunidade onde morava na época, lá começou um amor vice-versa e passou a conviver com as freiras.
“Este ano as religiosas completam 35 anos de Missão no Brasil, cresci e vivi e aprendi com ela a amar Jesus, amar a Igreja, e olho para essas irmãs que quantas vi entrar, participei dos noviciados de algumas delas, festas na Comunidade. Foi por causa das Pobres Filhas vivi como cristão e entrei no Seminário”, disse o padre.
A última homenagem foi feita pela Irmã Iara, também do Instituto, agradeceu a Dom Antônio Muniz Fernandes que acompanha com suas orações e benção de pastor, bem como o clero de Maceió principalmente nesses momentos que as religiosas mais precisaram, após a perda da Ir. Maria. As irmãs concluíram a homenagem cantando uma das músicas do Instituto, emocionando os presentes.
Participaram também da Celebração Eucarística: padres Tito Régis, Fernando Bezerra, Luís Antônio, Gilmar Custódio, Mons. Delfino Barbosa e padre Petrônio Oliveira, da Diocese de Palmeira dos Índios. Outras congregações também participaram da celebração eucarística.