Marcos Filipe – Pascom Arquidiocesana
Há um ano, devido a pandemia da covid-19, as igrejas na Arquidiocese de Maceió, celebravam a Festa de Corpus Christi com suas portas fechadas, mas nesta quinta-feira (03), as paróquias estavam abertas e receberam os fíeis para a tradicional solenidade.
A Catedral Metropolitana de Maceió, Nossa Senhora dos Prazeres, iniciou a programação do dia com a primeria celebração eucarística às 6h; e depois a missa solene às 9h, presidida pelo vigário-geral da Arquidiocese, monsenhor José Augusto, e concelebrada pelo Pe. Augusto Jorge, vigário paroquial da Catedral.
Monsenhor lembrou que Corpus Christi não é uma festa devocional, mas que está no coração da Liturgia da Igreja. “Há 800 anos esta festa é celebrada, com cuidado de mãe. É muito importante onde ela está localizada no ano litúrgico. É vivida após a Igreja que nasce do lado aberto do Senhor, na sua Páscoa; e é enviada em missão em Pentecostes. Deve viver a sua missão olhando o ícone da Santíssima Trindade, o modelo que ela deve buscar humildemente ao longo da sua história. É essa relação de comunhão, doação e acolhimento”.
Recordou que nessa experiência, da Igreja como Mãe, todos são convidados a viver no altar, e olhar para onde surge sua experiência de vitalidade e identidade. “A igreja se faz na Eucaristia e renascer em cada uma celebrada. Esse dia é precioso, vivido não somente em uma piedade pessoal, mas em experiência de comunidade.
Olhar para a identidade nossa como Igreja, e a contemplarmos, e vermos como participantes desse mistério. Onde o altar é o centro em que deve convergir toda a nossa caminhada, e dele deve sair toda energia e luz da vida cristã”.
O vigário recordou a última ceia e os momentos de Cristo com seus apóstolos na ocasião. “Estejam atentos ao mandamento do amor, a Comunhão. Este é o desafio maior em todos os séculos na vida da Igreja. Não é só hoje diante desta pandemia, e de outras, como a autosuficiência e o orgulho. Dessa experiência que coloca o homem como senhor e o afasta de Deus. A Igreja precisa voltar sempre ao altar, onde é sua escola e lugar de aprendizado. Na Eucaristia, a Igreja encontra lucidez para viver cada hora e circunstância”.
Monsenhor José Augusto disse que a Eucaristia é experiência concreta. “O mesmo cuidado que se tem com os ritos, deve-se ter com a vida, com o testemunho, com nosso coração que deve se doar, e entender a dinâmica da obdiência do amor. Devemos levar a experiência da vitória vivida em cada Eucaristia. Esse mundo não se conclui aqui, nesses projetos humanos, mas na plenitude da Páscoa eterna. Não deixemos nossa fé por nada, por nenhum projeto humano, por mais que me encante e seja tentador. É a Eucaristia o centro de um mundo novo”.
A programação continua ao longo do dia com adoração ao Santíssimo Sacramento, dirigida por padres da Arquidiocese, e sua bênção às 15h, seguida da última celebração do dia na Igreja Mãe.