Público contou com orações, celebrações e atrações artísticas católicas, no Santuário da Misericórdia São João Paulo II e Santa Dulce dos Pobres
Por Arabela Moreira – Pascom Arquidiocesana
Milhares de fiéis marcaram presença no I Encontro No Rastro da Santidade, no Santuário da Divina Misericórdia, em Maceió. O evento organizado pela Arquidiocese de Maceió contou com apresentações de bandas e cantores católicos, confissões, celebrações, além de palestras e Feira Vocacional, a partir do encontro pessoal com Jesus Cristo. A série de shows teve início às 14h da quinta (19) e só encerrou por volta das 22h deste sábado (21).
De acordo com o Padre Adriano Vieira, membro da comissão organizadora, o evento surgiu do projeto de Dom Antônio Muniz para a revitalização do Santuário onde pisou São João Paulo II.
“Recordamos aquilo que vai dizer o Livro do Êxodo: ‘Tira tuas sandálias que esse lugar é santo’. Foi assim que surgiu esse pensamento do Rastro da Santidade para comemorar os 32 anos que o Papa por aqui pisou, para reviver tudo aquilo.”, explica o padre
Karina Lopes, da cidade de Arapiraca, acompanha artistas católicos pelo YouTube. Para ela, o encontro foi um momento especial. “A gente tá fazendo 35 anos do grupo de oração da minha paróquia. E eu senti o desejo no meu coração de querer vir, porque eu passei por momento difícil e hoje eu vim agradecer a Deus e entregar minha vida a Ele e só gratidão”, comentou a fiel.
Programação
Neste sábado, 21, o Encontro No Rastro da Santidade teve início às 8h com a Feira Vocacional. Durante o dia foram realizadas palestras e animação com movimentos, fraternidades e vocacionados da Arquidiocese de Maceió, além do Terço da Misericórdia.
‘Temos uma grande força, um espaço amplo e diverso. A diversidade de carismas, as suas expressões de congregações, de fraternidades, a presença dos seminaristas e uma série de atividades que foram desenvolvidas no decorrer desses três dias de festividades. Tudo em prol e pelas vocações”, declarou o seminarista Leandro Lira.
A programação da tarde encerrou com a Santa Missa, presidida por Dom Antônio Muniz, Arcebispo Metropolitano de Maceió. Em sua homilia, Dom Antônio falou do testemunho da visita de São João Paulo II e a importância de visitar.
“Foi ele que mais viajou. Para quê? Para ver o povo, para conversar com o povo, para sentir o cheiro do seu povo. Até aqui ele veio para sentir o cheiro da lagoa. É preciso aprender, a exemplo dele, e de Nossa Senhora. Que nós também nos apressemos para aprender a visitar sempre as pessoas”.
Dom Antônio lembrou ainda que o 1° Festival No Rastro da Santidade convida a todos a refletirem sobre o sacramento do batismo. “Vamos olhar que No Rastro da Santidade, nós temos que valorizar os sete sacramentos da nossa Santa Igreja […] Qual vai ser a nossa tarefa como Arquidiocese? Redescobrir o dia do batismo e depois começar a valorizar esse sacramento […] Comece a revisitar a realidade do batismo’’, meditou o Arcebispo.
Mais de 70 caravanas de Alagoas, Pernambuco e Sergipe estiveram no último dia do Festival para acompanhar a programação de perto. O artista musical Geraldinho, fundador da comunidade Missão Resgate, encerrou a noite festiva com um show musical e a Benção do Santíssimo.
“O coração exulta de alegria em poder viver esse momento especial com tantos combatentes, com o povo de Deus, pastorais, movimentos, associações, congregações, a Igreja de Deus. O povo de Deus que se reúne, de fato, para buscar o seu chamado, a sua vocação à santidade.”, comentou o cantor.
De acordo com o artista, a comunidade deve usar os dons para servir a Deus, além da importância da Igreja Doméstica. “Seja música, seja uma palavra, um conselho, as redes sociais como nós temos utilizado […] Esse movimento que começou no início da pandemia, nós começamos a rezar todos os dias e utilizar aquilo que se tem. Fecharam as portas, a gente abre uma janela. E na nossa vida é assim que acontece. Avance, é pra frente que se anda”.
Aqui pisou um santo
Há 32 anos, em 19 de outubro de 1991, Maceió recebia a visita do papa João Paulo II, que ficou por apenas três horas na Capital, mas marcou a memória de muita gente que se aglomerou nas ruas e no local que hoje é o Santuário da Misericórdia para ver o santo padre. Ele realizou missa no local, recomendando solidariedade e paz.
Apesar de ser transmitida ao vivo pela televisão, calcula-se que milhares de pessoas foram às ruas para ver a passagem de João Paulo II. A visita a Cuiabá fez parte do roteiro de visitas do papa ao Brasil e a mais de 100 países durante o seu papado, que durou de 1978 a 2005.