O Jubileu dos alagoanos é mais uma atividade em preparação aos 100 anos da Arquidiocese, em 2020
Por Maria Cícera – Pascom Arquidiocesana
A nação romeira alagoana não decepcionou, em especial na Festa e Romaria de Nossa Senhora das Dores, e participou dos festejos e visitas a lugares santos com grande número de fiéis e visitantes. Incluso no calendário Arquidiocesano 2019, ainda em preparação para o Centenário em 2020, a Romaria do Centenário realizou, no dia 13 de setembro, o “Jubileu dos Alagoanos” reunindo romeiros das 03 Dioceses do Estado de Alagoas.
A Romaria do Centenário em Juazeiro do Norte, CE, reuniu, em caravanas diferentes, padres, seminaristas e leigos de diversas paróquias da Arquidiocese de Maceió e convocou todos os romeiros e devotos alagoanos, que estavam no Juazeiro do Norte, para, juntos, conduzirem, da Igreja do Rosário até a Basílica Santuário Nossa Senhora das Dores, a imagem da Padroeira da Arquidiocese para ser entronizada na Basílica Santuário.
Padre Alex Sandro presidiu a Santa Missa, às 17h, na Igreja Nossa Senhora do Socorro, e, em seguida, padres do Clero arquidiocesano, Pe. Cícero José, seminaristas e romeiros(as) saíram em procissão, com a imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, em direção à Basílica Santuário para a entronização da imagem.
Chegando à Basílica Santuário, uma multidão esperava ansiosa por mais uma noite da Festa e presenciou um momento histórico para a Igreja em Maceió. A emoção e devoção estampadas nos rostos dos romeiros(as) era nítida quando o andor adentrou à Praça do Romeiro.
Padre Cícero José acolheu a todos e justificou a ausência de Dom Gilberto Pastana, bispo do Crato, mas convidou todos para ouvir uma mensagem enviado pelo bispo para celebrar o Jubileu dos romeiros alagoanos.
A Missa presidida por padre Tito Regis, coordenador da Comissão de Infraestrutura para o Centenário, foi o ponto ápice da programação do Jubileu dos Alagoanos. Padres da Arquidiocese e de outras dioceses, além de padre Cícero José, concelebraram.
Padre Tito Regis, antes de sua homilia, explicou que devido a um compromisso em Roma, Capítulo da Congregação da Ordem do Carmo, o arcebispo Dom Antônio Muniz Fernandes não estava presente este ano no Juazeiro do Norte.
O sacerdote salientou que o Evangelho nos convida, diariamente, para uma autoavaliação considerando nossas ações, palavras. Destacou ainda que se faz necessário perceber a responsabilidade de cada um, seja padre, pai, mãe ou governante, e apontar sempre o caminho certo.
“É preciso que eu enxergue e que mergulhe em mim, sobre quem sou e sobre o que eu faço, sobre o que deveria fazer e quem deveria ser. Nosso olhar deve ser sempre uma exigência de aperfeiçoamento em nós. Considerando até uma minúscula falha e tratar com grande caridade”, enfatizou padre Tito.
Seguindo a linha de um exame pessoal para que o cristão se torne alguém melhor, ele alertou que é primordial se desvincular de todo e qualquer atitude de julgamento, para que se possa levar o outro a encontrar sempre as vias retas e planas.
E alerto: “Jamais lançar no abismo. Devemos aprender com quem nos precedeu: Padre Cícero Romão Batista. Se hoje temos tantos romeiros aqui no Juazeiro do Norte, isso se deve ao motivo santo de aqui ter tido um padre que teve misericórdia e afeto a todo povo que aqui chegou”.
Falando de Padre Cícero, padre Tito Regis recordou os sermões e ensinamentos de um padre que foi modelo de discípulo bem formado e que exerceu a misericórdia entre os seus. Destacou padre Cícero como uma referência que aponta para o céu e questionou a todos: “Pergunto a vocês: Quem os guia hoje? A quem vocês estão entregando as rédeas da história, das decisões? A resposta é Deus!”
Descrevendo o modelo de guia ou líder perfeito, padre Tito destacou: “Só guia no caminho reto quem não manipula, não desrespeita e quem está aberto à opinião do outro. O cristão deve ser coerente com aquilo que fala e faz”.
Encerrando a homilia, o padre explicou o Porquê de ter a imagem de Nossa Senhora dos Prazeres entronizada na Basílica Santuário.
“Maria sempre esteve disponível em servir o outro(a) e de ir ao socorro das necessidades do outro. Me perguntaram o motivo da Arquidiocese de Maceió trazer a imagem de sua Padroeira para ser entronizada aqui. Disseram até não é a mesma Maria? Não vai confundir o povo? Eu respondo: É a mesma Maria e não vão confundir o povo”.
“Há 200 anos Nossa Senhora foi entronizada na Igreja Matriz da cidade de Maceió e vem guiando os destinos e caminhos do povo. É a mesma Maria! Aqui com 07 espadas cravadas no peito e lá (Maceió) com 07 alegrias estendias nas mãos. Maria que superou o drama do calvário e experimentou a explosão da alegria de uma vitória. Assim a Senhora dos Prazeres quer dizer a todos os romeiros, vindo de tantos estados nordestinos, que a Mãe estará sempre presente, quer estejamos chorando ou quer sorrindo”.
Salientou ainda, que a Basílica Santuário é uma extensão da Arquidiocese de Maceió. “Aqui vem nossa gente, aqui povo é nutrido há longos anos de consolo e recobram as forças para continuar a missão. Ouso dizer que aqui é uma paróquia da Arquidiocese de Maceió fora do domínio eclesial de Dom Antônio Muniz. Aqui, no Juazeiro do Norte, é a casa da Mãe Senhora dos Prazeres!”.
A Comissão de Liturgia do Centenário presenteou cada padre presente na celebração com a Bíblia do Centenário.
Via Sacra e visita a lugares sacros e de memória
E a programação da caravana do Centenário, liderada por padre Tito Regis, continuou no dia seguinte, 14 de setembro, com a Via Sacra no Horto e visita a Igrejas, memorial e a casa de Padre Cícero Romão.
A via Sacra no Horto, foi uma expressão da fé religiosa, onde os fiéis estavam motivados com a ideia da visita a estatua. E, todo o percurso foi cheio de reflexão, musica e fé. Ao lado da estatua do Padre Cicero, encontra-se o Memorial, que traz um registro histórico da vida religiosa do sacerdote. A visita nesse espaço foi enriquecedor, em que os fiéis ficaram mais próximos desse lugar de memória.
(Fotos nas mídias sociais da Arquidiocese de Maceió)