Paróquia de São Maximiliano Kolbe inicia festa do padroeiro no Benedito Bentes

Foto: Mateus/ Pascom SMK

Comunidade foi a primeira no Brasil a ter como padroeiro o santo polonês

Marcos Filipe – Pascom Arquidiocesana

O bairro do Benedito Bentes está em festa com o início das celebrações de seu padroeiro, São Maximiliano Kolbe, iniciadas nesta quinta-feira (05). Os paroquianos possuem quatro motivos para comemorar o momento.

Na lista está o fato de ser a primeira comunidade do país fundada tendo o santo polonês como padroeiro, depois são 30 anos de criação, 35 da celebração da primeira missa no residencial e 80 do martírio de São Maximiliano Kolbe.

Na homilia da abertura da festa, o pároco, Padre Petrucio Ramires, lembrou que o santo conheceu profundamente Jesus Cristo.

“Na infância ele teve uma experiência com a mãe de Jesus e suas atitudes vão corresponder ao chamado do Mestre. Na vida adulta se preocupou em espalhar a Boa Nova, com as mesma atitudes de Cristo, com paz, fraternidade, com acolhimento e compaixão. A prova máxima de que conheceu profundamente o Evangelho foi o seu martírio”, disse.

Durante os festejos estão sendo lembrados os fundadores, assim como os padres que passaram pela comunidade e também Dom Otávio Aguiar, que sonhou e fundou a paróquia.

As celebrações continuam até o dia 14, com novena às 19h e missa às 19h30. No último dia, solenidade de São Maximiliano Kolbe, ocorrerão duas missas, uma às 17h e outra às 19h30.

Conheça a história de São Maximiliano Kolbe

Raimundo Kolbe nasceu em 1894, na Polônia, numa família operária que o introduziu no seguimento de Cristo e, mais tarde, ajudou-o entrar para a família franciscana, onde tomou o nome de Maximiliano Maria.

Ao ser mandado para terminar sua formação em Roma, Maximiliano, inspirado pelo seu desejo de conquistar o mundo inteiro a Cristo, por meio de Maria Imaculada, fundou o movimento de apostolado mariano chamado ‘Milícia da Imaculada’. Como sacerdote foi professor, mas em busca de ensinar o caminho da salvação, empenhou-se no apostolado através da imprensa e pôde, assim, evangelizar em muitos países, isto sempre na obediência às autoridades, tanto assim que deixou o fecundo trabalho no Japão para assumir a direção de um grande convento franciscano na Polônia.

Com o início da Segunda Grande Guerra Mundial, a Polônia foi tomada por nazistas e, com isto, Frei Maximiliano foi preso duas vezes, sendo que a prisão definitiva, ocorrida em 1941, levou-o para Varsóvia, e posteriormente, para o campo de concentração em Auschwitz, onde no campo de extermínio heroicamente evangelizou com a vida e morte. Aconteceu que diante da fuga de um prisioneiro, dez pagariam com a morte, sendo que um, desesperadamente, caiu em prantos:

“Minha mulher, meus filhinhos! Não os tornarei a ver!”. Movido pelo amor que vence a morte, São Maximiliano Maria Kolbe dirigiu-se ao Oficial com a decisão própria de um mártir da caridade, ou seja, substituir o pai de família e ajudar a morrer os outros nove e, foi aceita, pois se identificou: “Sou um Padre Católico”.

A 10 de Outubro de 1982, o Papa João Paulo II canonizou este seu compatriota, já beatificado por Paulo VI em 1971.