Paróquia dedicada à Santa das Causas Impossíveis, no Farol, celebra sua excelsa padroeira

A Paróquia Santa Rita de Cássia, situada próxima a Praça Centenário, no bairro do Farol, está celebrando sua excelsa padroeira com o tema “Celebrando 80 anos com Santa Rita de Cássia, no anúncio do Evangelho”.

A programação teve início no último dia 13 de maio e segue até o dia 22, com a novena seguida de Santa Missa, quermesse e festa externa todos os dias.

O novenário e a festa externa pode ser acompanhados diariamente através das redes sociais da Paróquia no Instagram (@santarita.maceio) e também pelo canal no Youtube Santa Rita – Maceió.

 

Programação:

20/05 – Sábado (8º Dia do Novenário)

16h30 – Santo Terço

17h – Santa Missa

18h30 – Festival de Prêmios

21/05 – Domingo (9º Dia do Novenário)

06h30 às 08h – 2ª Corrida de Santa Rita

09h – Santa missa

15h30 – Santo Terço

16h – Missa da Gratidão

18h30 – Solene Procissão

20h – Santa Missa

22/05 – Segunda-feira (Encerramento da Festa)

10h30 – Santo Terço

11h – Santa Missa

16h30 – Santo Terço

17h – Santa Missa

 

Sobre o Jubileu dos 80 anos de Criação Canônica da Paróquia Santa Rita de Cássia

“É uma alegria enorme poder celebrar 80 anos de caminhada de uma Paróquia, que teve 04 comunidades que foram elevadas à Paróquias, desmembradas da Igreja Matriz no ano de 1983, são elas: Nossa Senhora das Graças (Pitanguinha); Nossa Senhora de Lourdes (Gruta); Menino Jesus de Praga (Pinheiro); São Judas Tadeu (Feitosa) e a última foi há seis anos, a Santa Teresinha de Lisieux (Mirante próximo ao Cesmac)”, lembrou o administrador paroquial, padre Edvaldo Afrânio.

Na Paróquia também participaram da vida pastoral 03 sacerdotes que hoje são bispos:

Dom Frei Severino Batista de França, OFMCap (Bispo Emérito da Arquidiocese de Olinda e Recife/PE)

Dom Luís Gonzaga Pepeu, OFMCap (Bispo Emérito da Arquidiocese de Vitória da Conquista/BA);

Dom Magnus Henrique Lopes, OFMCap (Bispo da Diocese de Crato/CE)

“É uma alegria muito grande poder celebrar essa festa, quando cheguei aqui Mons. Geraldo Villas Boas, me disse uma coisa que nunca esqueci: Nunca deixe de rezar, confessar e evangelizar, sobretudo, nunca deixe de celebrar a eucaristia com entusiasmo, que é através da eucaristia que tem a partilha.”, lembrou padre Edvaldo Afrânio.

A Paróquia também viveu momento de tristeza que foi recordado por padre Edvaldo durante a celebração. No ano de 1949, quando após fortes chuvas, a estrutura física da Igreja, que ficava situada no prolongamento da Avenida Tereza Cristina, desabou ficando apenas parte da fachada que ficou erguida por quase 30 anos no local. Após longo tempo de espera, a Igreja Matriz foi reerguida em novo local, na mesma rua, nos anos de 1980 e 1981, e inaugurada no dia 27 de setembro de 1981, por Dom Miguel Fenelon Câmara.

 

Sobre a Padroeira

Uma infância cheia de devoção

A pequena periferia de Roccaporena, na Úmbria, foi berço de Margarida Lotti, provavelmente por volta de 1371, chamada com o diminutivo de “Rita”. Seus pais, humildes camponeses e pacificadores, procuraram dar-lhe uma boa educação escolar e religiosa na vizinha cidade de Cássia, onde a instrução era confiada aos Agostinianos. Naquele contexto, amadurece a devoção a Santo Agostinho, São João Batista e São Nicolau de Tolentino, que Rita escolheu como seus protetores.

 Mulher e mãe dedicada

Por volta de 1385, a jovem se uniu em matrimônio com Paulo de Ferdinando de Mancino. A sociedade de então era caracterizada por diversas contendas e rivalidades políticas, nas quais seu marido estava envolvido. Mas a jovem esposa, através da sua oração, serenidade e capacidade de apaziguar, herdadas pelos pais, o ajudou a viver, aos poucos, como cristão de modo mais autêntico. Com amor, compreensão e paciência, a união entre Rita e Paulo tornou-se fecunda, embelezada pelo nascimento de dois filhos: Giangiacomo e Paulo Maria. Porém, a espiral de ódio das facções políticas da época acometeram seu lar doméstico.

 Assassinato do esposo e perdão

O esposo de Rita, que se encontrava envolvido também por vínculos de parentela, foi assassinado. Para evitar a vingança dos filhos, escondeu a camisa ensanguentada do pai. Em seu coração, Rita perdoou os assassinos do seu marido, mas a família Mancino não se resignou e fazia pressão, a ponto de desatar rancores e hostilidades. Rita continuava a rezar, para que não fosse derramado mais sangue, fazendo da oração a sua arma e consolação.

 Doença dos filhos

Entretanto, as tribulações não faltaram. Uma doença causou a morte de Giangiacomo e de Paulo Maria; seu único conforto foi pensar que, pelo menos, suas almas foram salvas, sem mais correr o risco de serem envolvidos pelo clima de represálias, provocado pelo assassinato do marido. Tendo ficado sozinha, Rita intensificou sua vida de oração, seja pelos seus queridos defuntos, seja pela família de Mancino, para que perdoasse e encontrasse a paz.

 Pedido recusado

Com a idade de 36 anos, Rita pediu para ser admitida na comunidade das monjas agostinianas do Mosteiro de Santa Maria Madalena de Cássia. Porém, seu pedido foi recusado: as religiosas temiam, talvez, que a entrada da viúva de um homem assassinado pudesse comprometer a segurança do Convento. No entanto, as orações de Rita e as intercessões dos seus Santos protetores levaram à pacificação das famílias envolvidas na morte de Paulo de Mancino e, após tantas dificuldades, ela conseguiu entrar para o Mosteiro.

Monja Agostiniana

Narra-se que, durante o Noviciado, para provar a humildade de Rita, a Abadessa pediu-lhe para regar o tronco seco de uma planta, e sua obediência foi premiada por Deus, pois a videira, até hoje, é vigorosa. Com o passar dos anos, Rita distinguiu-se como religiosa humilde, zelosa na oração e nos trabalhos que lhe eram confiados, capaz de fazer frequentes jejuns e penitências. Suas virtudes tornaram-se famosas até fora dos muros do Mosteiro, também por causa das suas obras de caridade, juntamente com algumas coirmãs; além da sua vida de oração, ela visitava os idosos, cuidava dos enfermos e assistia aos pobres.

A Santa das rosas

Cada vez mais imersa na contemplação de Cristo, Rita pediu-lhe para participar da Sua Paixão. Em 1432, absorvida em oração, recebeu a ferida na fronte de um espinho da coroa do Crucifixo. O estigma permaneceu, por quinze anos, até a sua morte. No inverno, que precedeu a sua morte, enferma e obrigada a ficar acamada, Rita pediu a uma prima, que lhe veio visitar em Roccaporena, dois figos e uma rosa do jardim da casa paterna. Era janeiro, período de inverno na Itália, mas a jovem aceitou seu pedido, pensando que Rita estivesse delirando por causa da doença. Ao voltar para casa, ficou maravilhada por ver a rosa e os figos no jardim e, imediatamente, os levou a Rita. Para ela, estes eram sinais da bondade de Deus, que acolheu no Céu seus dois filhos e seu marido.

Veneração de Rita

Santa Rita expirou na noite entre 21 e 22 de maio de 1447. Devido ao grande culto que brotou logo depois da sua morte, o corpo de Rita nunca foi enterrado, mas mantido em uma urna de vidro. Rita conseguiu reflorescer, apesar dos espinhos que a vida lhe reservou, espalhando o bom perfume de Cristo e aquecendo tantos corações no seu gélido inverno. Por este motivo e em recordação do prodígio de Roccaporena, a rosa é, por excelência, o símbolo de Rita.

 A minha oração

“Rita, grande intercessora das famílias, a ti pedidos verdadeiras graças de conversão sobre aqueles que amamos. Tuas rosas são sinais de salvação, por isso te pedidos a paciência e o perdão, a oração e intercessão, ajuda-nos de forma concreta nessa luta. Amém!”

Santa Rita de Cássia, rogai por nós!