Paróquia do Povo: Comunidade de Nossa Senhora das Dores, no Jacintinho, comemora aniversário de 35 anos

Foto: Carlos Roberto/ Pascom Arquidiocesana 

Trinta e cinco anos de fundação. A importante e expressiva data foi comemorada pelos fiéis da Paróquia Nossa Senhora das Dores, no Jacintinho. Alcunhada de “Paróquia do Povo”, pelo padre Márcio Fabiani Nobre e Silva, que pastoreia a comunidade há sete anos, a Igreja é marcada por histórias de fé e de muitos frutos vocacionais.

A Paróquia Nossa Senhora das Dores foi criada no dia 25 de março de 1983, tendo sido instalada somente no dia 15 de dezembro daquele ano. A igreja teve como párocos os padres Giuseppe Trombotto, em 1984; Edivar Morais, Petrúcio Ramires de Lima e Gustavo Bertea, em 1988 e Manoel José dos Santos, em 1996.

Para celebrar o aniversário da paróquia, foi realizada uma Missa Solene em Ação de Graças presidida pelo atual padre Márcio Fabiani – que assumiu a comunidade em 2011 – e concelebrada pelos padres Claudinier José Medeiros da Silva e Reinaldo Leite Morais Filho, vigário paroquial.

Durante sua homilia, o padre Claudinier José destacou a importância da vida em comunidade para o fortalecimento da caminhada de fé da Paróquia Nossa Senhora das Dores.

Foto: Carlos Roberto/ Pascom Arquidiocesana 

“Esta paróquia ela tornou-se uma Rocha no bairro do Jacintinho. Esta paróquia quis e hoje é esta presença viva de Jesus em cada um de seus paroquianos. Este marco referencial de fé, de comunidade, porque a casa comum é marco de amor. Nesta casa se desperta para a vida da fé a partir do sacramento do Batismo. Aquela semente vai crescendo e a fé sendo abastecida e robustecida para produzir frutos. Esta paróquia se torna sinal de comunhão porque todos vêm para cá, uma casa comum. A paróquia é o lugar de celebrar o comum, por isso devemos aqui vivermos em comunidade”, explanou.

O padre afirmou ainda que a Paróquia Nossa Senhora das Dores é exemplo de Rocha Viva em nossa Arquidiocese e que isso somente é possível através da oração.

“Como vocês conseguem fazer que esta comunidade seja uma Rocha Viva? Somente através da oração. É ela que ajuda a cada pastoral, ministério a ter o sentimento de força. Se vocês rezam, as tempestades chegam, mas ninguém será abandonado, porque todos têm esta fé. Por isso, na alegria e em momentos menos alegres, durante 35 anos nós vivemos com esperança. A esperança desta paróquia é de continuar comunidade unida e celebrar sempre as alegrias, as dores e a esperança”, pontuou padre Claudinier José.

Paróquia do Povo

Padre Márcio Fabiani, pároco que administra a comunidade Nossa Senhora das Dores há sete anos, afirmou que o sacerdócio se tornou mais firme em Cristo a partir da experiência de pastorear uma paróquia populosa e simples. Ao Semeador, o sacerdote conta que a atuação do povo na igreja é a principal característica de seus mais de 35 mil paroquianos.

“A comunidade aqui é diferente das duas outras experiências que tive. A realidade é diferente aqui porque há muita dificuldade nas grotas, a realidade de um povo sofrido, mas um povo de Deus e muito acolhedor, que carrega consigo a chama da esperança. Aqui temos um povo muito acolhedor, simples e que abraça. Para o meu sacerdócio é uma riqueza. Me sinto acolhido e amado. As pessoas aqui abrem os corações e suas casas para que o sacerdote possa entrar”, afirmou padre Márcio.

A participação dos paroquianos, segundo o pároco, ajudou em sua adaptação durante os primeiros momentos de sua chegada ao Jacintinho. Padre Márcio revelou que quando chegou ao local, viu um povo organizado e de coração aberto para Deus.

“Quando eu cheguei, o padre Manoel José tinha feito um ótimo trabalho e a minha contribuição foi de manter aquilo que tinha sido conquistado. Eu consegui dá uma cara nova na parte litúrgica, na espiritualidade e também a implantação do grupo Mães que Oram Pelos Filhos. O meu jeito de celebrar foi bem aceito pelo povo e isso me deixou mais à vontade. Mas quando cheguei aqui o povo já tinha uma organização muito boa. O padre Manoel José deixou uma marca muito pastoral e isso é importantíssimo. Eu creio que minha contribuição tem sido mais orante”, afirmou.

35 anos de fé

Durante a celebração da Missa em Ação de Graças pelos 35 anos da Paróquia Nossa Senhora das Dores, foram feitas orações em homenagem as primeiras irmãs da Congregação Pobres Filhas da Visitação, que foram umas das entusiastas na evangelização e na construção da Igreja.

“Cheguei aqui em 1973. Aqui eram celebradas as Missas em uma casa que nem existe mais. A irmã Rafaella era uma mulher de fibra e que ajudou muito nossa comunidade lá no início. Elas tinham muito amor e tinham, com certeza, a força do Espírito Santo junto delas”, afirmou Dona Salete, paroquiana há exatos 35 anos.

Ane Monique Ventura da Silva, de 40 anos, está na paróquia desde os sete, quando participou da Catequese, ainda quando criança. A fiel percorreu toda a sua caminhada de fé na Igreja de Nossa Senhora das Dores.

“Eu lembro que ela parecia um castelo e o altar estava em um lugar diferente do que é hoje. Comecei vir aqui desde a minha infância e participei de muitos grupos. Atualmente, sou coordenadora dos ministérios de música”, disse.

A paroquiana herdou seu amor pela comunidade por intermédio de sua mãe, que foi uma das fundadoras da Renovação Carismática aqui na nossa igreja. Ela também destacou a importância e os frutos gerados pela paróquia em toda a caminhada de 35 anos.

“Minha mãe faleceu há 8 anos e ela sempre me incentivou a participar da Catequese, Crisma, Renovação Carismática. Aqui é uma comunidade muito boa, com muitos frutos. Saíram daqui padres, freis e também freiras. Isso é muito vivo em nossa paróquia”, destacou.

Fruto sacerdotal

Thiago Nobre foi coroinha da paróquia e, segundo ele, é paroquiano de Nossa Senhora das Dores desde o início de sua vida. Criado pelos pais presentes na paróquia, o jovem agora ingressará no Noviciado Capuchinho e recebeu o chamado de Deus para ser frei. Ao Semeador, ele destacou a importância da paróquia em sua caminhada espiritual.

“A paróquia é muito importante para mim porque ela me deu sustento vocacional para que eu tomasse uma decisão certa para o chamado que recebi de Deus a partir deste apoio espiritual. Quando vivemos em comunidade, a vida é melhor. Estive estudando longe, mas a paróquia rezava por mim e sempre rezaram por mim e isso foi muito importante”, afirmou o futuro frei.

O futuro

O desejo de padre Márcio Fabiani para o futuro de sua atual paróquia é a perseverança na oração e na fé de seus paroquianos. Para ele, a persistência é o principal combustível para a continuação dos frutos gerados pela comunidade.

“A experiência aqui no Jacintinho me deu a certeza de que uma paróquia boa é aquela que tem a participação do povo. Tudo que fazemos aqui o povo participa muito e atende o chamado. Como paróquia, a comunidade Nossa Senhora das Dores é nota 10. O que desejo mesmo para o futuro desta comunidade é perseverança. Não precisamos mudar muita coisa, mas precisamos continuar sendo o que nós somos na fé e na oração. Precisamos sempre perseverar na comunhão e na fraternidade. Isso só faz a nossa paróquia crescer ainda mais”, finalizou o sacerdote.

Por; Fillipe Lima Comunicação Arquidiocese