Por Margarete Pereira | Pascom Arquidiocesana
Este ano a Festa de São Sebastião teve um motivo especial, além da participação ativa da comunidade no novenário do Padroeiro, nas Santas Missas e na procissão; todos tiveram a alegria de festejar a marca de 20 anos de elevação canônica da Paróquia São Sebastião, que foi desmembrada da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Rio Largo. Em cada noite a organização da Festa emocionou os fiéis ao fazer memória da vida da Comunidade antes de ser Paróquia, homenageando pessoas e recordando o primeiro templo.
No dia 05 de janeiro realizou-se a abertura da festividade em honra a São Sebastião, glorioso mártir, com procissão da bandeira, saindo da casa da madrinha – a paroquiana sra. Carmô em direção à igreja Matriz. Após a procissão o Pe. Rivaldo presidiu a Celebração Eucarística declarando oficialmente aberto o período de 11 dias de festa.
De 06 a 14, o novenário foi celebrado, tendo como convidados padres que tiveram uma participação na construção da história da Paróquia, ao longo destes vinte anos. Um deles foi o jovem padre José Antelmo, filho desta Paróquia e que participou da comunidade ainda como seminarista e diácono transitório; momento marcante para o sacerdote foi celebrar a sua primeira Missa há um ano e três meses, o que revela seu enorme carinho pela paróquia e paroquianos. Vale ressaltar também a presença dos celebrantes Mons. José Augusto e Pe. José Magalhães, primeiro pároco na história destes 20 anos.
O Arcebispo Metropolitano, Dom Antônio Muniz Fernandes, presidiu a solene celebração Eucarística, no domingo (15), e recordou o bispo, já falecido, que criou a Paróquia canonicamente, Dom José Carlos, cm; além de rezar em Ação de Graças por duas décadas de missão e evangelização da Paróquia no território arquidiocesano.
Em sua homilia, Dom Antônio Muniz reforçou a necessidade do cristão e cristã batizado “ser semeadores de paz”. “Que a nossa missão é construir a paz nos corações das pessoas”.
Padre Hamilton Alves enfatizou, em sua fala de agradecimento, a alegria e gratidão que invadiram seu coração com a realização do novenário e a celebração do jubileu de criação: “Foi maravilhosa a participação e o compromisso pessoal de cada um; a colheita espiritual tem sido muito grande, continuemos motivados pelo tema – o martírio de São Sebastião nos impulsiona a missão – deste ano que nos convoca ao pós pandemia e ressalta que devemos ir de novo anunciar Jesus a todos. A festa reforçou nosso compromisso com a evangelização nessa Paróquia”.
À tarde, o encerramento com outra Santa Missa presidida pelo Pe. Erivaldo Xavier e concelebrada pelo primeiro pároco, Pe. José Magalhães, e por Pe. Hamilton. A procissão, pelas ruas da comunidade, atraiu centenas de fiéis e coroou o novenário, após retorno a igreja Matriz, padre Hamilton concedeu a bênção do Santíssimo Sacramento aos presentes.
Recordando a história
Por ser o ano “jubilar”, a equipe organizadora da Festa, formada pelo pároco, padre Hamilton Alves, e paroquianos, preparam momentos que recordaram a história, desde a caminha de comunidade à Paróquia. Dentre estes momentos marcantes um destaque especial, no momento do ofertório da Santa Missa do dia 15, uma senhora que fez parte da fundação da Comunidade e levou a primeira imagem de São Sebastião; já alguns homens carregaram uma maquete, que retratava uma capela feita de taipa que deu início ao templo que se vê hoje, originando a devoção e as festividades do seu excelso padroeiro.
“É de grande importância ressaltar neste contexto de recordações um rico momento sobre a primeira imagem de São Sebastião. Certo dia, fui para um encontro com Pe. Antônio Maria, em Ipioca, e conversando ele me disse: há Paróquia São Sebastião de Rio Largo? Eu tenho até uma imagem de São Sebastião que ganhei, certa vez fui lá e vi uma imagem de São Sebastião desprezada na Sacristia e pedi as senhoras me deram”, relatou padre Hamilton.
Retornando à igreja Matriz o pároco fez questionamentos sobre o fato e só assim tomou conhecimento de que a imagem doada ao amigo padre Antônio Maria era a primeira imagem adquirida pela Comunidade para veneração de seu Padroeiro. “Então me comuniquei com Pe. Antônio e expliquei a história da imagem e pedi de volta. Ele muito compreensivo me entregou”, recordou o pároco.
Foi organizada uma procissão, desde o viaduto do aeroporto, em direção a igreja Matriz acolhendo de volta a primeira marca da evangelização de Comunidade à Paróquia.
“Recordo que neste dia uma multidão acompanhou o padre Antônio Maria com a imagem de São Sebastião, em carro aberto; eles fizeram o percurso a pé, em carros, motos, ônibus e ao me entregar aqui na Matriz padre Antônio fez um show para celebrar aquele grande dia”, contou padre Hamilton.
A paroquiana Maria José Lopes, 88 anos, mais conhecida por Zezé da Igreja relatou que chegou no Tabuleiro do Pinto há 50 anos e ao fazer memória dos vinte anos de criação da paróquia ressaltou sua felicidade em estar reunida em comunidade para celebrar e agradecer a Deus pelo caminho percorrido.
“Após ter vivenciado um tempo de afastamento por conta da pandemia, fiquei cabisbaixa, mas fiz votos de não perder nenhum dia desta festa”.
Dona Zezé traz da memória a Capela de Nossa Senhora da Salete hoje, já reformada, era o local para a matriz provisória da paróquia de São Sebastião, “na época era Pe. Paulino, depois veio Pe. Arnaldo que celebrava a Santa Missa todas as segundas-feiras à tarde. Em seguida o veio Pe. Delfino e Pe. José Nilton. Quando foi elevada à Paróquia foi nomeado Pe. José Magalhães que antes de ser nomeado já se admirava com a multidão de fiéis e o espaço da Capela se tornando cada vez menor, foi quando decidiram comprar o terreno da atual Paróquia São Sebastião e Dom José Carlos, arcebispo na época, nomeou p Pe. José Magalhães como primeiro pároco”, com os olhos brilhando e uma enorme gratidão por poder chegar a este dia ela frisou: “hoje temos a graça de ter nosso pároco, Pe. Hamilton, que carinhosamente chamo de meu pequenininho; ele é pequeno somente no tamanho, mas na coragem, no trabalho e em seu zelo pastoral é muito grande”.
O jovem Arthur Luiz, agente da Pastoral da Comunicação, expressou em palavras como se sente na missão de levar a Boa Nova no território paroquial: “Um sentimento de felicidade. Evangelizar através das mídias sociais é uma missão na qual não se tem noção de onde estamos alcançando, no entanto, como jovem eu penso que os jovens devem servir a Deus desenvolvendo na missão a maturidade da fé”.