Principais atividades do coletivo da Arquidiocese de Maceió (AL) foram partilhadas em reunião ocorrida na segunda-feira, 16
Por Lara Tapety (Ascom CPT-AL)
As pastorais sociais, os movimentos e os organismos da Arquidiocese de Maceió se reuniram ontem, 16, com objetivo de planejar uma atuação conjunta durante o ano de 2023. A programação contou com momentos de celebração, cantos sagrados, debate sobre os grandes desafios e definição do calendário das principais atividades do coletivo.
De acordo com o padre Gilvan Neves, integrante do movimento Fé e Política e pároco da Paróquia Nossa Senhora da Graça, no bairro da Levada, o primeiro desafio a ser enfrentado é a formação dos agentes pastorais e que isso seja levado para as comunidades; o segundo, é que as pastorais sociais, os movimentos e os organismos da Igreja caminhem no mesmo rumo.
“Esse ano, sobretudo, como tema da campanha da fraternidade é ‘Fraternidade e fome’, e o lema ‘Dai-lhes vós mesmos de comer’ (Mt 14,16), a questão do combate à fome em Alagoas será uma prioridade. A perspectiva após esse encontro é que a gente possa fazer a caminhada mais junto e que as atividades sejam assumidas pelas diversas pastorais sociais”, contou Pe. Gilvan.
Segundo o coordenador da Pastoral da Terra, Carlos Lima, a reunião escutou o pedido da Igreja, através do Papa Francisco, quando escolheu como prioridade trabalhar a formação interna, mas também se colocar a serviço para a superação da fome no estado. O pontífice tem exigido bastante a presença da Igreja junto aos empobrecidos e frequentemente demonstra forte preocupação para que as famílias tenham garantidos “direitos sagrados e inalienáveis”: terra, teto e trabalho.
Para Carlos, os próximos passos são “apontar caminhos, realizar diagnóstico e fazer a profecia de que só há fome porque existem pessoas que estão ficando com a riqueza do povo alagoano. Então, é preciso dividir a renda, é preciso dividir a terra, para que essas famílias possam ter esse direito. A alimentação é um direito constitucional, mas acima de tudo, para nós das pastorais, é um direito sagrado para que todo filho e filha de Deus viva com dignidade”.
A reunião contou com a participação das Pastorais Carcerária, da Criança, das Pessoas com Aids, da Pessoa Idosa e da Terra, da Cáritas, das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e do movimento Fé e Política.
Há muito tempo tantas pastorais sociais, movimentos e organismos da Arquidiocese não se reuniam. Por isso, Rosário de Fátima, voluntária da Cáritas Arquidiocesana de Maceió, considerou um passo importante. “A gente iniciou 2023 com o sonho de uma pastoral de conjunto, buscando essa interação e percebendo que nós existimos não como ilha, isolados, mas existimos juntos, buscando essa participação e interagindo uns com os outros, visando principalmente os pobres, os mais vulneráveis do Reino de Deus”, afirmou.
A avaliação do padre Gilberto Antônio da Silva, que atua na Pastoral Carcerária, também foi positiva: “A reunião foi um momento muito especial onde foi possível ouvir e contribuir com as demais pastorais com o objetivo de cada um compreender o valor do outro e juntos fazer o bem, contribuir com o social, com a libertação, com promoção da dignidade humana”, finalizou.
Confira as principais atividades partilhadas:
Pastoral Carcerária
– Encontro Estadual da Pastoral Carcerária
– Celebração da Páscoa e Natal
– Seminário das Mulheres Encarceradas
– Formação de novos agentes pastorais
Pastoral da Criança
– Encontro Arquidiocesano
– Celebração da Vida
– II Encontro dos Paroquianos
Pastoral das Pessoas com Aids
– Vigília pelas vítimas da Aids
– Dia Mundial do Combate à Aids
Pastoral da Pessoa Idosa
– Campanha de Combate à violência contra a pessoa idosa
– Dia dos Avôs e Avós
Pastoral da Terra
– Assembleia Estadual da CPT
– Jejum de Solidariedade às pessoas que passam fome
– 34ª Romaria da Terra e das Águas
– Grito dos Excluídos e Excluídas
Cáritas
– Campanha 10 milhões de estrelas
– Migração e refúgio
– Jornada Mundial dos Pobres
CEBs
Encontro Arquidiocesano das CEBs
CIMI
– Semana dos Povos Indígenas
– Lançamento do relatório anual da violência contra os povos originários
Fé e Política
– Encontro das Escolas
– Celebração dos 20 anos de EFP
– Arraial das pastorais – 3 de junho