Pastoral da Aids divulga trabalho durante Dia Mundial de Luta contra a Aids

Marcos Filipe – Pascom Arquidiocesana

Assim como existe a falta de conhecimento sobre a Aids, também há falta de informação sobre o trabalho da pastoral que trata sobre esse assunto. Ao contrário do que muitos pensam, a Pastoral da Aids utiliza os valores cristãos para conscientizar sobre a doença, e tem como objetivo cuidar e acolher as pessoas portadores do HIV que são excluídas e marginalizadas na sociedade.

No último dia 1° de dezembro ocorreu o Dia Mundial de Luta contra a Aids, e para apresentar à comunidade os trabalhos realizados pela Pastoral, seus membros estiveram presentes na Paróquia de São Lucas, padroeira dos médicos, no bairro de Mangabeiras, em Maceió.

A data surgiu no ano de 1986, instituído pela Organização Mundial da Saúde devido ao aparecimento da epidemia e o número de casos que estava aumentando. “Uma forma de chamar a atenção para a gravidade, mas no Brasil a data começou a ser celebrada em 1988, com a esperança de que pudesse ajudar para que as pessoas olhassem para as pessoas que estão infectadas”, disse a coordenadora estadual Eliane Carlos.

As reuniões acontecem na Paróquia de São Lucas às quintas-feiras semanalmente às 15h, onde acontecem momentos de espiritualidade e formação. “Nossa missão é informar, acolher e assumir um compromisso social com as pessoas que já estão infectadas com o vírus”.

A espiritualidade é fundamental para a vida do agente, segundo Eliane. “Precisamos nos alimentar espiritualmente para partir a ação. Nossos manuais tratam dos direitos dos infectados, dos tratamentos, dos grupos de acolhimento, para que a gente consiga ancorá-los nesses lugares como nos centros de tratamento onde eles recebem a medicação e são acompanhados por profissionais na área da saúde. E nós estamos ali para apoiar e mostrar a presença de Deus na vida deles”.

Ela ressaltou que o acolhimento é o grande problema. “Quando a pessoa descobre que é portadora do vírus ou tem a doença, ela automaticamente se esconde com medo de ser rejeitado na família e no trabalho. E para isso existe a Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV que tem um núcleo aqui em Alagoas, e é nosso parceiro”.

Padre José Aloísio recebeu a pastoral e falou do trabalho dela na paróquia. “Eles possuem muitos desafios, caminhando aos poucos para quebrar o preconceito que ainda sofre. E estamos aqui para mostrar que a Igreja está presente com essas pessoas, apoiando e ajudando em seus tratamentos. É o rosto misericordioso de Cristo, o Bom Pastor, que veio para que todos tivessem vida, e vida em abundância”.