Marcos Filipe – jornalista
A programação da tarde, deste domingo (19), no Encontro de Pentecostes de 2024, foi marcada com a chegada das relíquias de Santa Teresinha, que peregrina pelo território brasileiro.
Padre Francisco Guido, da paróquia de Nossa Senhora de Fátima, no bairro do Feitosa, em Maceió, foi responsável pela primeira pregação do turno vespertino, com o tema baseado em uma frase da santa: “É preciso que o Espírito Santo seja a vida do teu coração”.
“Era o ano de 1997, estava fazendo 24 anos, e vivia como os jovens da minha época. Anos antes, recebi um livro de Santa Terezinha, mas nunca tinha lido. E na juventude estava com inquietações, e lembrei desse escrito. Abri e comecei a ler. Essa experiência de ler o testemunho dela, se concretizou na decisão da minha vida”, testemunhou o padre.
Diante das relíquias, no mesmo ano, o sacerdote pediu que se fosse do desejo da santa e de Maria, elas lhe ajudassem a ser sacerdote. “E aqui estou”.
Para o padre Rodrigo Rios, da paróquia Nossa Senhora Aparecida e coordenador do setor de comunicação da Arquidiocese, ficou a pregação do tema central do retiro: “Soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebi o Espírito Santo (Jo 20,22)”.
O sacerdote lembrou o contexto em que a frase foi dita por Jesus aos apóstolos. “Lembramos sempre da passagem dos Atos dos Apóstolos. Aquele chamamos de Pentecostes Lucano, porque foi narrado por Lucas. Neste ano, além desse, vamos compreender o Joanino, de acordo com aquilo que foi narrado por João”.
Ele destacou que na ótica de João, somos capazes de transbordar do Espírito Santo. “Jesus, no centro da vida dos apóstolos, e no centro deles fisicamente naquele momento deseja: shalom. E deseja duas vezes, e em seguida sopra sobre eles os Espírito Santo. Alguns estudiosos se questionavam o que aconteceu, já que se tinha o relato dos Atos”.
Padre Rodrigo recordou que as pessoas poderiam se questionar: um Pentecostes no início da Páscoa e outro cinquenta dias depois? Por que?
Padre Rodrigo citou Santo Agostinho: “Aconteceu duas vezes. O Senhor quis conceder o dom do Espírito Santo duplamente. Porque assim se manifesta o amor: a Deus e ao próximo. O próprio Espírito Santo é amor, e por isso, devemos pedir um duplo Pentecostes”.
